A MEDIAÇÃO UNIVERSAL DE MARIA SANTÍSSIMA
6ª PARTE
Tratando da Mediação
Universal, os Sumos Pontífices frisam e destacam que o poder intercessor da
Santíssima Virgem é quase onipotente.
Assim diz o Papa Leão XIII, na Encíclica “Adiutricem populi”, de 5 de setembro
de 1895:
“É
indescritível a amplitude de Sua atuação e de Seu Poder, depois de Sua Assunção
à Glória Celeste, junto de Seu FILHO, segundo a dignidade e claridade de Seus
Méritos. Pois, desde aquele Dia começou, segundo os Desígnios Divinos, a vigiar
a Igreja de tal maneira e a favorecer-nos tão Maternalmente com Suas Graças e
Seu Patrocínio, que, dotada de quase imenso Poder, se tornou a administradora
daquelas Graças que derivam do Mistério da Redenção do gênero humano para todos
os tempos, do mesmo modo que foi auxiliadora na Obra da Redenção.”
Leão XIII, na Encíclica “Supremi apostolatus”, de 1 de setembro de 1883,
aconselha:
“Implorar
a benevolência da grande MÃE de DEUS que é, perante DEUS, a Medianeira de nossa
paz, a administradora das Graças Celestiais e elevada ao mais alto poder da
Glória dos Céus, oferece aos homens, em meio dos perigos e labores de sua
peregrinação à Pátria Celeste, Seu constante Patrocínio e Auxílio.”
Leão XIII, na Encíclica “Diuturni temporis”, de 5 de setembro de 1898 (a
última das dez encíclicas que o Papa escreveu sobre o santo Rosário):
“DELA emanam, como de transbordante canal, os Dons Celestes. Em Suas
Mãos estão os tesouros das Misericórdias do SENHOR (São João Damasceno).
DEUS quer que ELA seja a Fonte de todos os bens (Santo Ireneu). No amor desta
MÃE, que procuramos fomentar e aumentar dia a dia, queremos terminar, assim
esperamos, os nossos dias”.
Leão XIII, na Encíclica “Octobri mense”, de 22 de setembro de 1891, fazendo
suas as palavras de São Bernardino, escrevia:
“Toda
a Graça concedida ao mundo segue esta tríplice graduação: de DEUS a JESUS
CRISTO, de JESUS CRISTO à Santíssima Virgem, da Santíssima Virgem aos homens;
tal é a ordem maravilhosa da sua disposição.”
O Papa Pio X, na Encíclica “Ad diem illum”, de 2 de fevereiro de 1904,
comemorativa do quinquagésimo ano da definição dogmática da Imaculada
Conceição, e tantas vezes citada nestes textos, ensina:
“Por esta comunhão de dores e sentimentos entre MÃE e FILHO (ao pé da Cruz),
MARIA Santíssima mereceu tornar-se dignamente reparadora da humanidade decaída
e dispensadora de todos os tesouros que, por Sua Morte e por Seu Sangue, nos
adquiriu JESUS.”
“Certamente afirmamos pertencer, exclusivamente, a JESUS CRISTO a distribuição
desses tesouros, que só por Sua Morte nos foram alcançados, e ELE, de SI Mesmo,
é o Mediador entre DEUS e os homens. Entretanto, por essa comunhão de Dores e
Sofrimentos de que falamos, entre MÃE e FILHO, foi concedido à Augustíssima
Virgem ser junto do FILHO a poderosíssima Medianeira e Conciliadora de todo o
Universo. A Fonte, pois, é JESUS CRISTO, e da SUA Plenitude todos nós
participamos.
MARIA, porém, como acertadamente diz São Bernardo, é o canal, ou mesmo, o colo
que une o Corpo à Cabeça, e desta transmite àquele a robustez e a virtude. Da
CABEÇA ELA é o colo, pelo qual se transfundem todos os Dons Espirituais em Seu
Corpo Místico.
Longe de nós, sem dúvida, atribuir à MÃE de DEUS a virtude que só a DEUS
pertence, de produzir a Graça sobrenatural. ELA, porém, que a todos supera em
santidade e união com CRISTO, e por ESTE foi associada à Obra da Redenção da
humanidade, merece, no dizer teológico, “de côngruo” o que JESUS nos mereceu
“de condigno”. É a dispensadora das Graças.”
O Papa Bento XV, segue a mesma doutrina, na carta que dirigiu a 5 de maio de
1917 ao Cardeal Secretário Gasparri, incitando os fiéis a recorrerem à
Santíssima Virgem para obter a Graça da paz:
“E como todas as Graças que o AUTOR de todo bem se digna conceder aos
míseros descendentes de Adão, por um amoroso designo da Divina Providência,
passam pelas mãos da Santíssima Virgem, queremos que, nesta hora terrível (era
o tempo da 1ª Guerra Mundial), mais do que nunca, o vivo e confidente suplicar
dos filhos aflitos, suba à excelsa MÃE de DEUS.”
O Papa Pio XI, inúmeras vezes, em discursos e Encíclicas glorifica a NOSSA
SENHORA Medianeira de Todas as Graças. Por exemplo, na Encíclica sobre o Santo
Rosário, de 29 de setembro de 1937:
“Antes,
conforme recordamos no começo, é mister interpor junto de DEUS a Mediação da
Bem-Aventurada Virgem, que ELE aceita muitíssimo, visto que, para usar as
palavras de São Bernardo, é esta a Vontade de DEUS que alcançássemos tudo por
meio de MARIA.”
Na Encíclica “Caritate CHRISTI compulsi” diz:
”Invoquem o Coração de JESUS interpondo o poderosíssimo patrocínio de
MARIA Santíssima, Medianeira de Todas as Graças, para si, para suas famílias,
pela Pátria e pela Igreja”.
Por sua vez, o Papa Pio XII, na sua grandiosa rádio-mensagem dirigida a
Portugal, por ocasião da Coroação da Imagem de NOSSA SENHORA de Fátima, expõe a
mesma doutrina sobre a Mediação Universal de MARIA Santíssima, que os
Pontífices Pio IX, Leão XIII, Pio X, Bento XV e Pio XI tantas e tão repetidas
vezes ensinaram e inculcaram à Cristandade, em suas memoráveis Encíclicas:
Diz, pois, Pio XII, na rádio-mensagem:
“Bendito seja o SENHOR, DEUS e PAI de nosso SENHOR JESUS CRISTO, PAI das
Misericórdias e DEUS de toda a consolação, e com o SENHOR seja Bendita Aquela
que ELE constitui MÃE de Misericórdia, Rainha e Advogada nossa, Amorosíssima,
Medianeira de Suas Graças, Dispensadora de Seus tesouros.”
“E o EMPÍRIO viu que ELA era realmente digna de receber a honra, a Glória e o
império, porque mais cheia de Graça, mais santa, mais formosa, mais
divinizada... incomparavelmente mais que os maiores santos e os Anjos mais
sublimes, separados ou juntos. Misteriosamente emparentada na ordem da união
hipostática com toda a TRINDADE BEATÍSSIMA, com AQUELE que só é por essência a
Majestade infinita, REI dos reis e SENHOR dos senhores. FILHA primogênita do
PAI, MÃE extremosa do VERBO e ESPOSA predileta do ESPÍRITO SANTO, porque MÃE do
REI Divino, DAQUELE a quem, desde o SEIO Materno, deu o Senhor DEUS o Trono de
Davi e a Realeza Eterna na casa de Jacó; e que de SI mesmo proclamou ter-LHE
sido dado todo o Poder nos Céus e na Terra.
ELE, o FILHO de DEUS, reflete sobre a Celeste MÃE a Glória, a Majestade, o
império de Sua Realeza, porque associada como MÃE e Ministra ao REI dos
mártires, na Obra inefável da humana Redenção, LHE É para sempre associada, com
Poder quase imenso, na distribuição das Graças que da Redenção derivam.
JESUS é REI dos séculos eternos por Natureza e Conquista. Por ELE, com ELE,
subordinadamente a ELE, MARIA é Rainha por Graça, por Parentesco Divino, por
Conquista, por singular Eleição. E Seu Reino é vasto como o de Seu FILHO e
DEUS, pois de Seu Domínio nada se exclui.” (Ata “Sanctae Sedis”, julho de 1946, págs.
264-267)
Clássico resumo da
Doutrina da Mediação Universal
na Encíclica “Mystici
Corporis CHRISTI”, do Papa Pio XII:
“Realize
veneráveis irmãos, estes nossos paternos votos, que sem dúvida são também os
vossos, e alcance-nos a todos o verdadeiro amor para com a Igreja, à Virgem MÃE
de DEUS, cuja alma Santíssima foi mais repleta do Divino Espírito de JESUS
CRISTO que todas quantas saíram das Mãos de DEUS e que em nome de toda
natureza humana deu o Seu consentimento para que se efetuasse o matrimônio
espiritual entre o FILHO de DEUS e a natureza humana.
ELA que com parto admirável, porque Fonte de toda a vida Celestial nos
deu CRISTO SENHOR, já no Seu Seio Virginal ornado da dignidade de Cabeça da
Igreja, e, Recém-nascido, o apresentou aos primeiros, dentre os judeus e
gentios, que o foram Adorar qual Profeta, Rei e Sacerdote. Foi ELA que com Seus
rogos Maternais em Cana da Galileia moveu o Seu UNIGÊNITO a operar o admirável
Prodígio, pelo qual creram NELE os Seus Discípulos.
Foi ELA, a Imaculada, isenta de toda mancha original ou atual, e sempre
intimamente unida com o Seu FILHO, que, como outra Eva, juntamente com o
holocausto dos Seus direitos maternos e do Seu Materno Amor, O ofereceu no
Gólgota ao Eterno PAI, por todos os filhos de Adão, manchados pela Sua queda
miseranda. De modo que a que era fisicamente MÃE da nossa CABEÇA foi, com novo
título de dor e de Glória, feita espiritualmente MÃE de todos os Seus membros.
Foi ELA que, com Suas eficacíssimas orações, obteve que O ESPÍRITO do Divino
REDENTOR, dado já na Cruz, fosse depois, em Dia de Pentecostes, conferido com
aqueles Dons prodigiosos à Igreja Recém-nascida.
ELA, pois, MÃE Santíssima de todos os membros de CRISTO, a cujo Coração
Imaculado, confiadamente consagramos todos os homens, e que agora em Corpo e
Alma refulge na Glória e Reina juntamente com Seu Filho, nos alcance DELE que,
sem interrupção, corram os caudais da Excelsa CABEÇA para todos os membros do
Corpo Místico. E, como nos tempos passados, assim hoje proteja a Igreja com Seu
Poderosíssimo patrocínio e LHE obtenha finalmente a ela e a toda humana sociedade
tempos mais tranquilos.”
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