terça-feira, 26 de novembro de 2013

NOSSA SENHORA AUXILIADORA - PADROEIRA DA AUSTRÁLIA

Comemoração Litúrgica: 24 de maio




Os católicos sempre puderam contar com a intermediação de Nossa Senhora para obter graças, especialmente nos momentos da história em que grandes perigos os afligiam.

No século XVI, os turcos otomanos organizaram uma imensa força naval e ameaçavam dominar o Mediterrâneo. O Papa São Pio V, em reação ao perigo iminente, promove a formação da Liga Santa, composta por Espanha, Veneza, Estados Papais, Gênova, Nápoles, Savóia e os Cavaleiros de Malta, e consegue montar uma força naval que coloca sob o comando de João da Áustria. A esquadra católica, composta de aproximadamente 200 galeras, número bem inferior ao da esquadra inimiga, concentrou-se no golfo de Lepanto. D. João da Áustria mandou hastear o estandarte oferecido pelo Papa e bradou: “Aqui venceremos ou morremos”, e deu a ordem de batalha contra os seguidores de Maomé. Os primeiros embates foram favoráveis aos muçulmanos, que, formados em meia-lua, desfecharam violenta carga. Os católicos, armados com sua fé, prontos a dar a vida por Deus, respondiam aos ataques com o máximo vigor possível. Mas, apesar da bravura dos soldados de
Cristo, a numerosíssima frota do Islã, comandada por Ali-Pachá, parecia

vencer. Após 10 horas de embate, os batalhadores católicos receavam a derrota, que traria graves conseqüências para a Civilização Cristã européia. Mas, aconteceu o milagre: Ficaram surpresos ao perceberem que, inexplicavelmente e de repente, os muçulmanos, apavorados, bateram em retirada…Obtiveram mais tarde a explicação: aprisionados pelos católicos, alguns mouros confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora aparecera no céu, ameaçando-os e incutindo-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a fugir.

Enquanto se travava a batalha contra os turcos em águas de Lepanto, a Cristandade rogava o auxílio da Rainha do Santíssimo Rosário. Em Roma, o Papa São Pio V pediu aos fiéis que redobrassem as preces. As Confrarias do Rosário promoviam procissões e orações nas igrejas, suplicando a vitória da armada católica. O Pontífice, grande devoto do Rosário, no momento em que se dava o desfecho da famosa batalha, teve uma visão sobrenatural, na qual ele tomou conhecimento de que a armada católica acabara de obter espetacular vitória. E imediatamente, exultando de alegria, voltou-se para seus acompanhantes exclamando: “Vamos agradecer a Jesus Cristo a vitória que acaba de conceder à nossa esquadra”. A milagrosa visão foi confirmada somente duas semanas após o grande acontecimento, quando, por fim, o correio chegou a Roma com a notícia. Em memória da estupenda intervenção de Maria Santíssima, o Papa dirigiu-se em procissão à Basílica de São Pedro, onde cantou o Te Deum Laudamus e introduziu a invocação “Auxílio dos Cristãos” na Ladainha de Nossa Senhora.


No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora só foi instituída em 16 de setembro de 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus: Em 1809, Napoleão I entrou no Vaticano, prendeu o Papa Pio VII e trouxe-o em cadeias de Grenoble. Sua prisão durou cinco anos. O Papa pediu para todos os cristãos rezarem a Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos, e assim toda a Europa tornou-se novamente um campo de batalha espiritual, não de armas, mas de rosários contra o poderio militar implacável. Logo, Napoleão estava fora do trono e o Papa libertado da prisão. Para marcar seu agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.

No ano de 1862, as aparições de Nossa Senhora Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. São João Bosco, fundador da Congregação Salesiana, espalhou a devoção a Nossa Senhora invocada em todo mundo com este título: “Auxiliadora”, que lembra a perene proteção de Maria Santíssima, sobre a Igreja e sobre o Papa. Os fiéis compreenderam a intervenção sobrenatural de Nossa Senhora, invocada como “Auxiliadora”.

Em 1824, João Bosco, aos 9 anos, como ele mesmo conta, teve o primeiro sonho profético, em que lhe foi manifestado o campo do seu futuro apostolado e ouviu a voz misteriosa do Senhor dizer-lhe: “Dar-te-ei a Mestra.” E logo, apareceu a Senhora de aspecto majestoso que o animou a trabalhar, para corrigir o comportamento dos meninos malcriados. Nossa Senhora apareceu frequentemente nos sonhos de Dom Bosco e foi a estrela do seu apostolado. Ele a chamava Mãe e sustentadora, socorrendo a Congregação Salesiana, especialmente toda vez que se precisava auxílio extraordinário para atender as necessidades dos meninos pobres e abandonados, não só materiais, mas sobre tudo quando suas almas corriam perigo. Durante toda a sua vida Dom Bosco foi incansável em fazê-la conhecer, amar e honrar. Com a construção da Basílica de Maria Auxiliadora de Turim, em 1868, o Santo quis erguer um monumento eterno do seu amor e dos seus filhos espirituais, à celeste Mãe. Teve sempre ternura de filho no seu amor e no seu reconhecimento para com Ela, que o guiou e socorreu com a sua visível e por vezes miraculosa proteção. Dizia Dom Bosco: “Maria Santíssima é minha Mãe – Ela é minha tesoureira. Ela foi sempre a minha guia.” Em suas conferências Dom Bosco sempre procurava responder a estas três perguntas: Por que a honramos? Por que a invocamos? Por que é Auxiliadora?
- Porque Ela é Mãe de Deus, Mãe de Jesus Cristo e nossa mãe.

A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora foi crescendo cada vez mais e mais. No dia 17 de maio de 1903, por decreto do Papa Leão XIII, foi solenemente coroada a imagem de Maria Auxiliadora, que se venera no Santuário de Turim.

BREVE  HISTÓRIA DO SANTUÁRIO

A fachada lembra a da igreja de S. Giorgio Maggiore em Veneza, do Palladio. Sob o campanário da direita está representado o Arcanjo Gabriel. Oferece uma coroa a Maria.

No campanário da esquerda o Arcanjo Miguel exibe uma bandeira com a palavra "Lepanto". No tímpano, as estátuas de mármore são dos mártires Solutor, Aventor e Octávio, mortos neste lugar (Valdocco = Vallis occisorum).
Em cima, sobre os relógios, vêm-se, à direita, a estátua de S. Máximo, primeiro bispo de Turim e à esquerda a estátua de S. Francisco de Sales, padroeiro da família salesiana.

No nicho central, debaixo da rosácea, vê-se o grupo marmóreo de Jesus entre as crianças.

Nos nichos laterais estão as estátuas de S. José e de S. Luís Gonzaga. Há dois painéis de alto-relevos entre as colunas. Um representa S. Pio V que anuncia a vitória de Lepanto (1571); o outro representa Pio VII que coroa Maria SS. No Santuário de Savona depois da sua libertação da prisão de Napoleão (1814).



O Santuário de Maria Auxiliadora nasceu do coração e da coragem de Dom Bosco e da sua grande devoção a Nossa Senhora.

Foi uma obra marcada por acontecimentos extraordinários e dificuldades enormes. Dom Bosco não se cansava de dizer que era Nossa Senhora que queria a igreja e que Ela mesma, depois de lhe ter indicado o local onde devia ser feita, lhe teria feito encontrar os meios necessários.

Mas ouçamos do próprio Dom Bosco o relato de um "sonho", tido em 1844, quando andava ainda à procura de uma sede estável para o sue oratório.
A Senhora que lhe apareceu, diz-lhe:
"Observa. - E eu vi uma igreja pequena e baixa, um pequeno pátio e jovens em grande número. Recomecei o meu trabalho.

Mas tendo-se esta igreja tornado pequena, recorri a Ela outra vez e Ela me fez ver uma outra igreja bastante maior com uma casa vizinha.


Depois, conduzindo-me a um lado, a um pedaço de terreno cultivado, quase em frente da fachada da segunda igreja, acrescentou:
"Neste lugar onde os gloriosos Mártires de Turim Aventor, Solutor e Octávio ofereceram o seu martírio, eu quero que Deus seja honrado de modo todo especial.
  


Ao dizer isto, estendeu um pé e pousou-o no lugar onde se deu o martírio. E indicou-mo com precisão... Entretanto, eu vi-me rodeado por um número imenso e cada vez maior de jovens; mas olhando para a Senhora, cresciam também os meios e o local. E vi uma enorme igreja, precisamente no lugar onde ela me tinha feito ver que tinha acontecido o martírio dos santos da Legião Tebana, com muitos edifícios à volta e com um belo monumento no meio. 

As etapas estavam todas previstas. Primeiro a "igreja pequena e baixa, ou seja a capela Pinardi em 1846. Depois a "outra igreja bastante maior...", ou seja a igreja de S. Francisco de Sales em 1852.
E finalmente a igreja de Maria Auxiliadora que devia ter escrito em caracteres garrafais:
 „ Hic domus mea, inde gloria mea"
  
"Aqui a minha casa, daqui a minha glória".

O desejo de obedecer à voz de Nossa Senhora e de Lhe testemunhar veneração e reconhecimento por tantas provas de benevolência à congregação que nascia e também razões de ordem pastoral e prática, levaram Dom Bosco a acelerar os ritmos de construção. Mas para comprar o campo e a madeira para os taipais tinham-se gasto 4000 liras; o ecónomo Dom Savio, sem um tostão, aconselhava Dom Bosco a esperar. Mas Dom Bosco respondeu-lhe:
"Começa já a fazer as escavações; quando é que nós começámos uma obra com o dinheiro todo? É preciso deixar alguma coisa para fazer à Divina Providência".

Os trabalhos, entregues à empresa do mestre-de-obras Carlo Buzzetti, começaram no Outono de 1863. Terminadas as escavações, em Abril de 1864, Dom Bosco disse a Buzzetti: "Quero dar-te já um adiantamento para os trabalhos grandes". E ao dizer isto tirou uma bolsa, abriu-a e deitou nas mãos de Buzzetti tudo o que lá estava: oito soldos (nem meia lira!).
"Tem calma, acrescentou, a Senhora se encarregará
de arranjar o dinheiro necessário para a sua igreja".



Oração a Nossa Senhora Auxiliadora, Protetora do Lar

Santíssima Virgem Maria, a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos, nós vos escolhemos como Senhora e Protetora desta casa. Dignai-vos mostrar aqui Vosso auxílio poderoso. Preservai esta casa de todo perigo: do incêndio, da inundação, do raio, das tempestades, dos ladrões, dos malfeitores, da guerra e de todas as outras calamidades que conheceis. Abençoai, protegei, defendei, guardai como coisa vossa as pessoas que vivem nesta casa. Sobretudo concedei-lhes a graça mais importante, a de viverem sempre na amizade de Deus, evitando o pecado. Dai-lhes a fé que tivestes na Palavra de Deus, e o amor que nutristes para com Vosso Filho Jesus e para com todos aqueles pelos quais Ele morreu na cruz. Maria, Auxílio dos Cristãos, rogai por todos que moram nesta casa que Vos foi consagrada. Amém.
  


A Devoção a Nossa Senhora


ORAÇÃO À NOSSA SENHORA AUXILIADORA 
(Composta por São João Bosco) 

Ó Maria, Virgem poderosa,
Tu, grande e ilustre defensora da Igreja;
Tu, auxílio maravilhoso dos cristãos;
Tu, terrível como exército ordenado em ordem de batalha
Tu, que só, destruíste toda heresia em todo o mundo:
Ah! Nas nossas angústias, nas nossas lutas, nas nossas aflições, defende-nos do inimigo;
e, na hora da morte, acolhe a nossa alma no Paraíso.
Amém.

Comemoração do Centenário do Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora no Brasil


                 Nossa Senhora Auxiliadora Peregrina



Testemunho - devotos de Nossa Senhora




LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO SANTUÁRIO NOSSA SENHORA AUXILIADORA








EM REFORMA




Referências bibliográficas:
Na luz Perpétua,  5ª.  ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora - Minas  Gerais,  1959.
Site página oriente: http://www.paginaoriente.com/
Site: www.amoranossasenhora.com.br
Site:http://www.donbosco-torino.it/port/
Vídeos do youtube: www.youtube.com
Imagens do Google e Google Earth 



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