NOSSA SENHORA DAS DORES
Acompanhar Nossa Senhora em todas
as fases de sua vida terrestre, admirar os altos desígnios de Deus
na pessoa sacrossanta de sua Mãe é sempre delícia para um coração devoto à SS.
Virgem. Mais apropriada não podia ser a nossa meditação das dores, senão
ocupando-nos com os sete dolorosos lances de sua existência terrena, ou
propriamente “as sete dores”, a saber:
1.º - A profecia de Simeão. “Eis aqui está posto este Menino para ruína e para ressurreição de muitos de Israel, e como alvo a que atirará a contradição. E uma espada traspassará tua alma”. (Lc. 2,34) A esta palavra a SS. Virgem vê de uma maneira clara e distinta no futuro as contradições a que Jesus Cristo será exposto: contradições na doutrina, contradições no conceito público, contradições nos seus santíssimo afetos, na alma e no corpo. E esta previsão dolorosa ficou na alma de Maria durante trinta e três anos. À medida que Jesus crescia em idade, em sabedoria e em graça, no Coração de Maria aumentava a angústia de perder um filho tão caro, pela aproximação da inexorável Paixão e Morte. “O Senhor usa de compaixão para conosco, em não nos fazer ver as cruzes que nos esperavam, e se temos de sofrer, é só uma vez. Com Maria Santíssima assim não procedeu, porque a queria Rainha das dores e toda semelhante ao Filho; por isso ela via sempre diante de si todas as penas que havia de sofrer” (Santo Afonso)
1.º - A profecia de Simeão. “Eis aqui está posto este Menino para ruína e para ressurreição de muitos de Israel, e como alvo a que atirará a contradição. E uma espada traspassará tua alma”. (Lc. 2,34) A esta palavra a SS. Virgem vê de uma maneira clara e distinta no futuro as contradições a que Jesus Cristo será exposto: contradições na doutrina, contradições no conceito público, contradições nos seus santíssimo afetos, na alma e no corpo. E esta previsão dolorosa ficou na alma de Maria durante trinta e três anos. À medida que Jesus crescia em idade, em sabedoria e em graça, no Coração de Maria aumentava a angústia de perder um filho tão caro, pela aproximação da inexorável Paixão e Morte. “O Senhor usa de compaixão para conosco, em não nos fazer ver as cruzes que nos esperavam, e se temos de sofrer, é só uma vez. Com Maria Santíssima assim não procedeu, porque a queria Rainha das dores e toda semelhante ao Filho; por isso ela via sempre diante de si todas as penas que havia de sofrer” (Santo Afonso)
2.º - A fuga para o Egito. A profecia de Simeão começou a cumprir-se logo. Jesus apenas nascido, já é cercado pela morte. Para salvá-lo, Maria deve ir para um exílio longínquo, para o Egito, por caminhos desconhecidos, cheios de perigos. No Egito a Sagrada Família passou perto sete longos anos como estranha, desconhecida, sem recursos, sem parentes. “A viagem de volta para a Terra Santa apresentou-se mais penosa ainda, porque o Menino Jesus já era tão crescido que, levá-lo ao colo, difícil tarefa devia ser, e fazer a pé o grande trajeto parecia acima de suas forças” (São Boaventura)
3.º - Jesus encontrado no templo. “Há quem
diga que toda esta dor não só foi maior de todas que Maria sofreu na sua vida,
mas que foi também de todas a mais acerba”. Nos outros seus
sofrimentos tinha ela Jesus em sua companhia; mas agora via-se longe dele, sem
saber onde ele se achava. Das outras dores Maria conhecia
perfeitamente a razão e o fim, isto é, a redenção do mundo, a vontade divina;
mas nesta dor não podia ela atinar com o motivo de Jesus estar longe de sua
Mãe. Quem sabe se sua mente não se torturava com pensamentos como este: não
o servi como devia, cometi alguma falta, alguma negligência, que motivasse dele
se retirar de mim? Certo é que não pode haver pena maior
para uma alma que tem amor a Deus, senão o temor de o ter desgostado.
Realmente, em nenhuma outra dor, que nós saibamos, Maria se lamentou,
queixando-se amorosamente com Jesus, depois de o ter achado: “Filho,
porque fizeste assim conosco? Olha que teu pai e eu te buscávamos aflitos”
(Santo Afonso)
4.º - Maria se encontra com Jesus na via dolorosa. Pilatos
tinha sentimento humano para com Jesus; tivesse
ele vencido sua covardia, talvez o teria salvo do furor
da multidão, ainda mais, se à súplica de sua mulher se tivesse unido
um pedido da Mãe de Jesus. Maria, porém, não se move
naquela hora tremenda, que decide da vida ou
da morte de seu Filho, porque sabe, que o Filho podia por si, sem auxílio
alheio, livrar-se dos seus inimigos, e se se deixa como um cordeiro levar ao
suplício, então é porque o faz espontaneamente, cumprindo a vontade de Deus.
Maria ainda não se move, quando a sentença já é irrevogavelmente pronunciada.
Vai ao encontro de Jesus que, carregado do peso da cruz, se
encaminha para o Calvário. Vê-o todo desfigurado e entregue,
coberto de mil feridas e horrivelmente ensanguentado. Seus olhares
se cruzam. Nenhuma queixa sai da sua boca, porque as
maiores dores Deus lhe reservou para a salvação do mundo.
Aquelas duas almas, heroicamente generosas, continuam juntas no seu
caminho do sofrimento, até o lugar do suplício.
5.º - Jesus morre na cruz. Chegam ao
Calvário. Os algozes despojam Jesus das suas vestes, pregam-no na cruz,
levantam o madeiro e sobre ele deixam-no morrer. Maria agora se
aproxima da cruz e perto da cruz fica, e assiste à horrível agonia de três
horas. “Que espetáculo ver-se o Filho agonizante sobre a cruz, e
ver-se ao pé da mesma agonizar a Mãe, que todas as penas sofria com seu
Filho! (Santo Afonso). “O que os cravos eram para o corpo
de Jesus, para o coração de Maria era o amor” (São Bernardo). “No
mesmo tempo que Jesus sacrificava o corpo, a Mãe imolava a alma” (São
Bernardo). E não pode dar ao Filho o menor alívio;
ainda saber que o maior tormento para o Filho era ver presente sua Mãe, que
dor, que sofrimento! O único alívio para a Mãe e para o filho era
saber, que das suas dores resultava para nós a vida eterna.
6.º - Abertura do coração de Jesus pela lança e descimento da
cruz. Jesus morrendo, exclamou: “Consummatum est” – Tudo está
consumado. Estava completa a série dos sofrimentos para o Filho, não
porém, para a Mãe. Quando ela está chorando a morte do filho, um
soldado vibra a lança contra o peito de Jesus, abrindo-o, e sai sangue e água.
O corpo morto de Jesus não sente mais a lançada; mas sentiu-a a Mãe
no íntimo do coração. Tiram o corpo do Filho da cruz. O Filho é
entregue à Mãe, mas em que estado! Antes o mais belo
entre os filhos dos homens, agora está todo desfigurado. Antes, era um prazer
olhar para ele; agora, seu aspecto é horroroso. Quando
morre um filho, trata-se de afastar do cadáver a mãe. Maria, pelo
contrário, não deixa que lho tirem dos seus braços, senão quando é
para sepultá-lo.
7.º - Jesus é colocado no sepulcro. “Eis
que já o levam para sepultá-lo. Já se põe em movimento o doloroso préstito. Os
discípulos levam o corpo de Jesus sobre os ombros. Os Anjos do céu o
acompanham. As santas mulheres seguem e, no meio delas, a Mãe. Querem que ela
mesma acomode o corpo sacrossanto de Jesus no sepulcro, precisando por a
pedra para fechar o sepulcro, os discípulos precisam dirigir-se à
SS. Virgem, e lhe dizer: “Agora é hora de vos despedir,
Senhora; deixai que fechemos o sepulcro. Muni-vos de paciência!
Olhai-o pela última vez e despedi-vos de vosso filho”. Moveram a pedra e
colocaram-na no seu lugar, fechando com ela o santo sepulcro. Maria,
dando um último adeus ao Filho e à sepultura, volta para casa” (Santo
Afonso). “Voltou tão triste a aflita e pobre Mãe, que todos a
viam, dela se compadeciam e choravam” (São Bernardo) Só no nosso
coração não haverá lágrimas para Maria? Não choramos nós, que somos
a causa de tantas dores? Ah! Se nos faltam lágrimas
de sentimento dos nossos olhos sensíveis, choremos pelo menos
lágrimas de penitência, expressão ainda do firme propósito, de não mais
cometermos pecado algum. Foram os nossos pecados que levaram à morte o nosso
Irmão primogênito, e transpassaram o coração dulcíssimo de Maria, Mãe de Jesus
e nossa Mãe.
REFLEXÕES
Se a nós Deus mandar uma cruz em forma sofrimentos
físicos ou morais, acusações injustas ou de contínuas contrariedades,
recorramos à Nossa Senhora, e não nos entreguemos à tristeza e ao desânimo.
Sofrimento que vem mandado por um Pai que nos tem tanto amor, não pode visar
outro fim, senão o nosso bem temporal e eterno. O sofrimento um dia,
converter-se-á em alegria; as lágrimas derramadas hoje, darão lugar
a uma felicidade que não terá fim. Uma cruz é diferente da outra e a
duração de tempo do nosso padecimento pertence a Deus. São momentos tristes,
mas que devemos aceitar alegremente, como uma graça divina. Afinal, lembremo-nos
de quanto sofrimento Cristo padeceu no Calvário! E quanto sofreu a Mãe,
diante da agonia do Filho!
Se teu ombro já parece não suportar o peso da cruz,
se a extrema dor te abala os sentidos, não desperdice esse tempo com lamentações,
muitas vezes inevitáveis. Oferece essas dádivas às almas que padecem no
Purgatório, em desagravo dos pecados cometidos contra o Santíssimo
Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria, pela conversão de todos nós,
pobres pecadores, pela paz no mundo, pelo Papa, ou por tantas outras causas
urgentes que clamam por nossas orações e sacrifícios.
Por enquanto, coloquemo-nos confiantemente no
colo amoroso de Nossa Senhora das Dores, que experimentou o sofrimento na sua
máxima intensidade.
Ele não desiste de você, nunca, nunca
VÍDEOS - NOSSA SENHORA DAS DORES
ELABORADO COM COLABORAÇÃO DOS SITES:
Na luz Perpétua,
5ª. ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora -
Minas Gerais, 1959.
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