NOSSA SENHORA DO CARMO
Comemoração Litúrgica: 16 de julho
A
história de Nossa Senhora do Carmo está ligada à de um grupo monges eremitas
que habitavam o Monte Carmelo, no Séc XIII. Eles foram expulsos para Europa
pelos sarracenos. O superior da Ordem era São Simão Stock, que possuía grande
devoção à Nossa Senhora. Este pediu a ela que os protegesse e recebeu dela um
escapulário (espécie de capinha marrom que cobria os ombros, as escápulas, cuja
palavra significa escudo, proteção) com a frase: "Eis o privilégio que dou
a ti e a todos os filhos do Carmelo: todo o que for revestido deste hábito será
salvo".
A Ordem
Carmelita é primordialmente orante. Rezam sem cessar por todo o mundo e pelas
almas dos mortos. Este é seu principal carisma. Veneram santo Elias e Nossa Senhora.
Adoram Nosso Senhor Jesus Cristo como toda a Igreja Católica. São monges e
monjas enclausurados, extraordinários em sua missão. Grandes santos de nossa
Igreja provêm do Carmelo, como Santa Tereza D'Ávila, Santa Terezinha do Menino
Jesus, São João da Cruz e inúmeros outros. Existe grande literatura oriunda dos
escritos destes santos do Carmelo. Vale procurar e ler. É fonte inesgotável de
pura espiritualidade Cristã.
Quanto ao escapulário, com o tempo passou a ser usado por leigos ligados ao
Carmelo. Mais tarde por todos os leigos católicos que o desejem. Tornou-se
menor, com dois fios ou fitas ligando a imagem de Nossa Senhora do Carmo e de
Nosso Senhor Jesus Cristo. O escapulário deve ser imposto a primeira vez por um
Padre, seguido das orações recomendadas e significa nossa devoção à Nossa
Senhora e nossa fé Cristã. Não é uma mágica e jamais deve ser usado como adorno
"da moda" apenas. O simbolismo dele é o de um hábito religioso.
Garante a salvação eterna apenas a quem o usa com fé, seguindo Jesus Cristo.
*Vinha do
senhor é o significado da palavra Carmelo.
1 - Surgimento do Escapulário
Foi na madrugada do dia 16 de julho de 1251 que Nossa Senhora apareceu
ao santo carmelita inglês, São Simão Stock, e entregou-lhe o miraculoso
Escapulário do Carmo.
São Simão Stock era, naqueles tempos, Superior Geral da Ordem dos
Carmelitas. Ele se encontrava numa situação aflitiva, pois sua Ordem passava
por dificuldades muito sérias, sendo desprezada, perseguida e até ameaçada de
extinção.
Homem de uma fé viva, São Simão não cessava de implorar socorro à Santíssima
Virgem, e pedia também um sinal sensível de que seria atendido.
Comovida pelas súplicas angustiantes deste seu fervoroso filho, Nossa
Senhora lhe trouxe do Céu o santo Escapulário e dirigiu-lhe estas palavras:
"Recebe, filho diletíssimo, o Escapulário
de tua Ordem, sinal de minha confraternidade, privilégio para ti e para todos
os Carmelitas".
"Todos os que morrerem revestidos deste Escapulário não padecerão o fogo do inferno. É um sinal de salvação, refúgio nos perigos, aliança de paz e pacto para sempre".
"Todos os que morrerem revestidos deste Escapulário não padecerão o fogo do inferno. É um sinal de salvação, refúgio nos perigos, aliança de paz e pacto para sempre".
A partir dessa misericordiosa intervenção da Mãe de Deus, a Ordem carmelita refloresceu em todo o mundo! E o Escapulário passou a percorrer sua milagrosa trajetória, como sinal de aliança de Nossa Senhora com os Carmelitas e com toda a humanidade.
Setenta anos mais tarde, Nossa Senhora apareceu ao Papa João XXII e lhe
fez nova promessa, considerada como complemento da primeira:
"Eu, como tema Mãe dos Carmelitas,
descerei ao purgatório no primeiro sábado depois de sua morte e os livrarei e
os conduzirei ao Monte Santo da vida eterna."
Essa segunda promessa de Nossa Senhora deu origem à célebre Bula
Sabatina do Papa João XXII, publicada em 03 de março de 1322, confirmada
posteriormente por vários Sumos Pontífices como Alexandre V, Clemente VII e
Paulo III.
De início, o Escapulário era de uso exclusivo dos religiosos Carmelitas.
Mais tarde, a Igreja, querendo estender os privilégios e benefícios espirituais
desse uso a todos os católicos, simplificou seu tamanho e autorizou que sua
recepção ficasse ao alcance de todos.
2 - Privilégios do Escapulário
"Não, não basta dizer que o Escapulário é um sinal de salvação. Eu
sustento que não há outro que faça nossa predestinação tão certa..."
(São Cláudio de la Colombière, S.J.)
(São Cláudio de la Colombière, S.J.)
1. É um sinal de aliança com Nossa Senhora. Por seu uso, exprimimos
nossa consagração a Ela;
2. É um sinal de salvação. Quem morrer com ele não padecerá o fogo do
inferno;
3. A Santíssima Virgem livrará do purgatório, no primeiro sábado depois
da morte, todos os que o portarem;
4. É um sinal de proteção em todos os perigos.
3 - Consagração a Nossa Senhora
O Escapulário do Carmo, enquanto dádiva da Santíssima Virgem, é símbolo
de uma consagração. Foi a própria Mãe de Deus que aludiu a essa consagração,
quando disse a São Simão Stock, na gloriosa madrugada de 16 de julho de 1251:
"...é um pacto de paz e amizade que faço
contigo e todos os carmelitas...".
É como se dissesse: quero que este pacto que faço convosco, fundamentado
em eterna amizade, seja expresso pelo meu Escapulário, como símbolo da
consagração que fazeis a mim ao recebê-lo.
4 - A voz da Igreja
Destacam-se entre os Papas devotos do Escapulário Inocêncio IV, João
XXII, Alexandre V, Bento XIV, Pio VI, Clemente VII, Urbano VII, Nicolau V,
Sixto IV, Clemente VII, Paulo III, São Pio V, Leão XI, Alexandre VII, Pio IX,
Leão XIII, Pio X, Bento XV, Pio XI e Pio XII, que com bulas apostólicas
aprovaram os seus privilégios, e cumularam de favores as Confrarias do Carmo.
As declarações dos Papas, são expressões as mais autorizadas do
autêntico pensar da Igreja. Eles não têm apenas dado o exemplo, usando o hábito
do Carmo. Eles estimularam e aconselharam a usá-lo e premiaram esta devoção.
Podemos citar entre os nomes dos santos que usaram o Escapulário, os de
S. Afonso, S. Pedro Claver, São Carlos Borromeu, São Francisco de Salles, S.
João Vianney, B. Batista Mantovano, S. Pompilio Pirrotti, S. João Bosco, Sta.
Teresa, Sta. Terezinha, S. João da Cruz, Sta. Maria de Jesus, Edith Stein...
5 - Imposição do Escapulário
O Escapulário do Carmo compõe-se de duas peças, entre si.
Somente o primeiro Escapulário precisa ser bento e imposto por um sacerdote.
Somente o primeiro Escapulário precisa ser bento e imposto por um sacerdote.
Tanto essa bênção como a imposição valem para todos os outros Escapulários que substituírem o primeiro.
Uma vez tendo-o recebido, devemos usá-lo sempre e continuamente.
Imposição - O sacerdote benze o Escapulário e o impõe, dizendo:
"Recebe este santo Escapulário como sinal da Santíssima Virgem
Maria, Rainha do Carmelo, para que, com seus méritos, o uses sempre com
dignidade, seja tua defesa em todas as adversidades e te conduza à vida
eterna."
6 - São Simão Stock
1. Sua Vida
São Simão
Stock é uma das personagens centrais da história da Ordem do Carmo, por dois
títulos, sobretudo: a ele deve-se a mudança estrutural da Ordem, que abandona o
eremitismo originário e começa a formar parte das ordens mendicantes ou
apostólicas. A tradição nos legou que são Simão recebera das mãos de Maria o
Santo Escapulário do Carmo, tão difundido desde o século XVI entre o povo
cristão.
Teria
nascido em Aylesford, Kent, Inglaterra, em 1165. A primeira notícia de São
Simão Stock nos vem do dominicano Gerardo de Frascheto, contemporâneo do Santo
(+1271). Não está claro que o "irmão Simão, Prior da mesma Ordem
(Carmelita), homem religioso e veraz", seja São Simão Stock.
A segunda
referência em ordem cronológica é um antigo Catálogo de Santos da Ordem do qual
se conservam três redações do século XIV. A mais breve, e por isto mesmo, mais
antiga, diz dele: "O nono foi São Simão da Inglaterra, sexto Geral da
Ordem, o qual suplicava todos
os dias à
gloriosíssima Mãe de Deus que dera mostra de sua proteção à Ordem dos
Carmelitas, que gozavam do singular título da Virgem, dizendo com todo o fervor
de sua alma estas palavras: 'Flor do Carmelo'...", que veremos no item
seguinte
Outra redação mais extensa deste Santoral acrescenta novos e
interessantes dados sobre ele; seu sobrenome "Stock" que parece
dever-se a que ele vivia no tronco de uma árvore. Seu ingresso entre os
carmelitas recém-chegados à Inglaterra procedentes do Monte Carmelo; sua
eleição como prior Geral e a aprovação da Ordem pelo Papa Inocêncio IV. Seu dom
celestial, realizar retumbantes milagres. Foi autor de várias composições,
entre elas o Flos Carmeli e a Ave Stela Matutina.
Parece que enquanto visitava a Província de Vascônia, morreu em
Bordeaux, França, no dia 16 de maio de 1265, com quase cem anos.
Atribui-se culto desde 1435.
Sua festa é celebrada no dia 16 de maio.
Atribui-se culto desde 1435.
Sua festa é celebrada no dia 16 de maio.
2. Sua espiritualidade
Já a apontamos no item precedente sobre sua vida.
A personalidade desse grande Superior Geral, "O Santo
Escapulário", como o chamou o papa João Paulo II, no dia 24 de setembro de
1983 - deixa-se ver em várias que apenas enunciamos aqui:
a) A ele deve-se por direito a Aparição e Promessa do Santo Escapulário
do Carmo, com os enormes benefícios que proporcionaram a toda a humanidade
através deste Sacramental Mariano durante estes mais de sete séculos que conta
sua vida. Diz o Santoral que citamos: Rezava assim São Simão Stock diariamente,
pedindo por sua Ordem:
"Flor do Carmelo
Vinha florida, esplendor do céu;
Virgem fecunda e singular;
ó doce Mãe,
de varão não conhecida;
aos carmelitas
proteja seu nome,
estrela do mar."
Vinha florida, esplendor do céu;
Virgem fecunda e singular;
ó doce Mãe,
de varão não conhecida;
aos carmelitas
proteja seu nome,
estrela do mar."
Apareceu-lhe a Virgem, cercada de anjos, segundo a tradição, no dia 16
de julho de 1251 - e mostrou-lhe o Santo Escapulário da Ordem, dizendo-lhe:
"Este será o privilégio para ti e todos
os carmelitas; quem morrer com ele não padecerá com o fogo eterno, quer dizer,
quem com ele morrer, se salvará".
Amou tanto Maria, que é conhecido com o título "o Amado de Maria".
b) Outra característica de sua espiritualidade seria seu profundo amor
pela Ordem do Carmo, pela qual orou, lutou e trabalhou com denodo admirável
durante toda a vida. A ele deve-se a transformação da Ordem de eremita em
cenobita e mendicante. A ele devem-se, também modificação e aprovação da Regra
Albertina e a expansão do Carmelo na Europa.
3. Sua mensagem
· que amemos e soframos por nossa Ordem.
· que intercedamos a Maria em todas nossas necessidades.
· que mereçamos ser chamados os "amados" de Maria
· que pratiquemos as virtudes que simboliza o ESCAPULÁRIO.
Sua oração:
"Senhor, nosso Deus, que chamaste São
Simão Stock a servir-te na família dos Irmãos da Santa Virgem do Carmelo,
concede-nos, por sua intercessão, viver como ele, entregues sempre a teu
serviço e cooperar com a salvação dos homens. Amém."
REFLEXÕES
O fim, pois, que a irmandade de Nossa Senhora do Carmo
se propõe é: propagar o reino de Deus, por meio da devoção a Maria Santíssima,
meditar nas virtudes da Mãe de Deus e imitá-las, merecer uma proteção especial
de Nossa Senhora, em todos os perigos do corpo e da alma, alcançar-lhe bênção
na hora da morte e a libertação das penas do Purgatório. O Escapulário é o
hábito da salvação. Para que o possa ser, é preciso que seja a vestimenta da
justiça. Se o maior interesse de Maria Santíssima é salvar almas, desejo maior
não tem, senão que seus filhos se apliquem à prática das virtudes,
do amor de Deus e do próximo, que sejam pacientes, humildes, mansos
e puros e trabalhem pela santificação de sua alma.
A história da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo é
uma epopéia de feitos maravilhosos, na ordem sobrenatural. O escapulário tem
sido a salvação de milhares e milhares de cristãos nas suas necessidades
espirituais e materiais. Para que nas mãos de Nossa Senhora possa ser
efetivamente instrumento de salvação, indispensável é o renascimento
espiritual de quem o leva, o cumprimento fiel dos deveres do estado
de quem se diz devoto a Nossa Senhora do Carmo. Certamente, não é devoto
a Maria Santíssima quem vive em pecado e ofende a Deus
sem cessar.
TÓPICOS RELACIONADOS
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O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo
Oração a Nossa Senhora do Carmo
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Referência bibliográfica:
Site: http://www.paginaoriente.com/
Site: http://www.paroquianossasenhoradocarmo.com/
Site: www.google.com.br
Site: www.youtube.com
Na luz Perpétua, 5ª. ed., Pe. João
Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora - Minas
Gerais, 1959. 2. Oração das Horas - Editora
Vozes, Paulinas, Paulus e Ave-Maria, 1996.
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