NOSSA SENHORA DO ALÍVIO
Em
1790 já era pároco de São Miguel de Soutelo, na arquidiocese de Braga, o Pe.
Francisco Xavier Leite Fragoas. Pelo que nos conta Leonídio de Abreu no seu
livro «O santuário do Alívio» (Braga, 1958), era um homem de famílias nobres e
abastadas mas com grandes sentimentos e gestos de caridade e humildade. Era
afável com o povo, bondoso, gentil e procurava fugir de tudo o que era
ostentação e vaidade. Tinha conquistado a simpatia do povo de Soutelo. Uma das
suas grandes preocupações era manter sempre a igreja matriz limpa, airosa, bem
ornamentada e bonita; porque é a casa do Senhor. Certo dia, o Pe. Xavier
Fragoas adoece e não consegue levantar-se da cama. Foram chamados vários
médicos, que lhe diagnosticam males muito graves. O sacerdote vai piorando de
dia para dia, sem que se encontre uma cura, a ponto de os médicos darem o caso
como perdido. Mas o Pe. Xavier Fragoas não gostaria de morrer sem terminar umas
obras que andava a fazer na igreja matriz. E porque sempre teve grande devoção
à Virgem Santíssima, a ela recorre num momento de grande angústia. Implora-lhe
a graça da cura dos seus males e promete-lhe a construção de um templo em sua
honra.
Agraciado
pela intercessão da Virgem Santíssima, o Pe. Xavier desejava agora cumprir o
voto que lhe tinha feito. Desejava construir uma capela tão grandiosa e bela
quanto as suas posses lho permitissem. E foi assim que em 1794 escreveu ao
arcebispo de Braga, D. Frei Caetano Brandão, pedindo autorização para construir
no lugar da Gândara uma capela em louvor de Maria Santíssima, deixando
patrimônio suficiente para a sua construção e manutenção. O seu pedido não foi
atendido, o que o levou a insistir novamente com o prelado referindo que a
capela seria em honra de Nossa Senhora do Alívio. No dia 18 de agosto de 1794,
D. Frei Caetano Brandão autoriza então a construção da dita capela. O Pe.
Xavier põe logo mãos à obra e no dia 18 de junho de 1798 escreve ao arcebispo
de Braga comunicando a conclusão da capela e pedindo a sua bênção. A cerimônia
da sagração da Capela de Nossa Senhora do Alívio veio a acontecer no dia 7 de
setembro do mesmo ano. Foi um dia de grande festa em Soutelo, na presença de
várias dignidades eclesiais e civis e de uma grande multidão de povo. A imagem
da padroeira foi levada em procissão da igreja matriz de Soutelo até ao lugar
da Gândara, acompanhada por doze anjos e doze apóstolos.
Em
1872 foi lançada a primeira pedra para a construção do novo e atual santuário,
sendo aproveitada a capela-mor. As obras terminaram já no final do séc. XX.
As
romarias realizam-se no 2° e 3° domingo de Setembro.
Oração a Nossa Senhora do Alívio
Senhor Jesus Cristo, Mediador nosso junto do Pai, que, pelo poder do Espírito Santo, Vos dignastes escolher a Virgem Santíssima, Vossa Mãe, que invocamos como Senhora do Alívio, nossa Medianeira e auxílio nas doenças e preocupações, concedei misericordiosamente a quem por ela Vos invoca, procurando as Vossas graças, se alegre de as receber para louvor da Vossa Glória. Amém.
Referência bibliográfica:
http://www.santuarioalivio.pt/
http://www.prof2000.pt/
http://www.google.com.br
http://www.youtube.com
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