quinta-feira, 13 de março de 2014

NOSSA SENHORA DA SOLEDADE






 
Em cada momento a proteção da mãe acompanha seus devotos

A História prodigiosa de uma das mais antigas e veneradas invocações marianas da Venezuela comprova, a exemplo das maravilhas operadas pela Mãe de Deus em suas aparições ao cacique da tribo dos Coromotos, o amor e a proteção que Ela dedica àquela nação hispano-americana

Dom João del Corro e sua esposa, Dona Felipa de Ponte e Villena, haviam sobrevivido anos a fio a todos os desafios que faziam parte da vida quotidiana de um colono espanhol na Venezuela de 1650. Porém, agora Dona Felipa estava morrendo.

Não falecia como resultado de um terremoto, tão comum naquelas regiões; o último de grande porte ocorrera em 1641. Nem de um ataque de piratas protestantes, verdadeiro flagelo da época. O inglês Jackson, o holandês Balwin e o francês Gramont tinham sido felizmente repelidos pelas tropas espanholas em 1643 e 1645.

Também não fora vítima do ataque de índios selvagens, os temíveis caribes do cacique Chiparara, o qual preparava a última insurreição indígena contra os colonos. Nem sequer fora atingida por uma das epidemias de varíola, que quase despovoaram o vizinho vale de Caracas; ou atacada por feras e cobras!

Ela morria ao dar à luz seu filho Francisco. Os escassos conhecimentos médicos da época, ainda mais numa remota região da costa do Mar do Caribe chamada Naiguatá, não alimentavam esperanças de que Dona Felipa pudesse sobreviver.

Promessa

Homem de fé, seu esposo não hesitou em recorrer à proteção da Santíssima Virgem. Prometeu que, se sua esposa e filho sobrevivessem, ele faria a doação de uma cópia da imagem de Nossa Senhora da Soledade -- que se encontra no Convento da Vitória, de Madri, Espanha -- para a igreja de São Francisco, de Caracas.

A Santíssima Virgem ouviu a oração confiante desse angustiado devoto e tanto a mãe quanto o filho sobreviveram. Restava agora o problema do cumprimento da promessa.

Em nossos dias seria fácil. Mas no século XVII as dificuldades de comunicação eram imensas. Na Venezuela colonial de então não havia quem pudesse fazer o trabalho. Poder-se-ia encomendar a imagem no México ou no Peru, onde floresciam escolas de escultura sacra. Mas uma disposição emanada de Madri proibia o comércio entre as colônias. Tudo devia ser pedido à Metrópole.

Foi por isso que só em 1653, ao partir uma nau para a Espanha, Dom João pediu ao seu comandante, Dom Sancho de Paredes, o favor de obter a almejada imagem.

Dom Sancho era amigo da família e o encargo que recebeu ilustra bem o relacionamento humano daquelas épocas de Fé e retidão.

Prometeu que, ao chegar à Espanha, mandaria executar a cópia da imagem pelo melhor escultor que conseguisse, bem como os trajes e ornamentos para revesti-la, tudo a fio de ouro e prata.

Só depois de retornar ele lhe apresentaria a conta, que Dom João assumiu o compromisso de pagar, mesmo que para isso tivesse que vender todo o seu patrimônio, que consistia numa esplêndida fazenda, situada em larga faixa de terra, das montanhas até o mar.

Tal contrato, que a atualmente soa como algo incompreensível, tomou-o Dom Sancho com toda naturalidade. Assim, quase um ano depois, retorna da Espanha em direção ao porto de La Guaira, próximo à fazenda Naiguatá, de propriedade de Dom João. A imagem, com seus ornamentos, foi acondicionada numa grande caixa. E a conta a ser paga não era pequena!

Tragédia: a imagem é atirada ao mar!

A navegação corria normalmente até que, no mar do Caribe, seu navio, o São Fernando, depara-se com um furacão. A um leitor brasileiro é difícil imaginar o que possa ser uma borrasca marítima naquela região,  ademais tratando-se de uma precária embarcação de madeira daquela época.

Em plena noite, em meio aos vagalhões, marinheiros desdobram-se por toda parte para manter o navio flutuando. De seu posto de comando, Dom Sancho tudo coordena. Mas vê-se obrigado, em certo momento, a mandar jogar ao mar parte da carga, pois do contrário a nau afundaria.

Ocorre então a tragédia. Apavorados e confundidos pela escuridão, os marinheiros acabam lançando ao mar a pesada caixa contendo a própria imagem da Virgem e seus ornamentos.
Qual terá sido a desolação de Dom Sancho, uma vez terminada a tormenta, ao verificar o fato irreparável. Porém, era também ele um homem de fé e nessa situação angustiante elevou fervorosas preces àquela que é a Mãe de Misericórdia. O mal estava feito e já não havia remédio senão explicar o ocorrido ao seu amigo, Dom João. Para não falar da pesada conta a ser resgatada.

Naquele tempo, a chegada de uma nau, avistada em alto mar,  era notícia de grande importância. Não tardou Dom João a acorrer ao porto para aguardar que a São Fernando atracasse. Foi então que ouviu do angustiado Dom Sancho o relato da perda da imagem.

Inexplicável desembarque

Entretanto, para sua surpresa, Dom Sancho notou que o amigo permanecia inteiramente calmo, apesar da brusca e trágica notícia. Dom  João disse-lhe então para não se preocupar, pois já havia conseguido a imagem tal qual desejava. Que partissem imediatamente para vê-la.

- Aqui na Venezuela? Mas se não tem quem a faça!, redarguiu Dom Sancho.
- É, mas consegui uma. Venha à minha fazenda e a verá, acrescentou Dom João.
Ele não quis contar, naquele momento, que dias antes fora chamado por seus empregados, que haviam encontrado na praia da fazenda uma caixa. Ao abri-la, depararam com uma magnífica imagem de Nossa Senhora da Soledade, com todos os seus ornamentos. Vendo que a imagem correspondia exatamente ao seu pedido, logo concluiu que se tratava de um portentoso milagre. Mas desejando tirar a limpo o fato, nada disse ao deprimido capitão.

Este, ao chegar à fazenda, viu a imagem e ficou pasmo e admirado.   Após observá-la atentamente comentou:

- Se não estivesse tão certo de ter lançado ao mar a imagem que eu trazia, diria que é esta, de tal modo se parece com ela.

Foi só neste momento que Dom João levou o amigo para uma sala  ao lado, onde se encontravam a caixa em que estava a imagem, os vestidos e os galões de prata e ouro. Ao ver estes objetos, Dom Sancho certificou-se do grandioso milagre. A pesada imagem, lançada ao mar a muitos quilômetros de distância, chegara à fazenda no mesmo dia em que fora atirada à água.

O prodigioso acontecimento não tardou a ser conhecido em toda a colônia. E o traslado da imagem à Igreja de São Francisco, em Caracas, onde  é venerada até nossos dias, marcou época.

Tal milagre não é um fato isolado na história da Venezuela.
Somam-se a ele as maravilhosas aparições de Nossa Senhora ao cacique da tribo dos índios Coromotos, em 1652 (*), portanto apenas dois anos antes do ocorrido com a imagem da Soledade.

Na mesma época tiveram início as missões entre os índios pelos frades capuchinhos, 23 dos quais seriam martirizados por esses ferozes pagãos.

Tais acontecimentos desencadearam um afervoramento religioso entre os colonos e favoreceram enormemente a catequese e assimilação dos indígenas.

É realmente impressionante constatar como a Divina Providência suscitou a fundação de tantas novas Nações, sobretudo na ibero-América, justamente na época em que a Santa Igreja sofria o terrível embate do protestantismo, surgido no século anterior, mas que conquistara vários países da Europa e ainda assolava o Velho Continente. E no mesmo século XIII, no decorrer do qual outra terrível heresia - o jansenismo - tentava desviar os fiéis, especialmente na França e na Bélgica, da ortodoxia católica, para fazê-los abraçar, em boa medida, princípios protestantes mitigados.

Os fatos narrados fazem parte da gloriosa história do nascimento de uma dessas nações, a Venezuela que teve uma origem tão católica. 

Igreja Nossa Senhora da Soledade - Itajuba-MG

Interior da Igreja Nossa Senhora da Soledade - Itajuba-MG



 NOVENA DE NOSSA SENHORA DA SOLEDADE

“Nossa Senhora da Soledade “guardava tudo em seu coração” (Lc 2,51)
(Aprovação eclesiástica – D. Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho – Arquidiocese de Pouso Alegre,MG)

PRIMEIRO DIA

“EU SOU A SERVA DO SENHOR, FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA.” Lc 1, 38
Ó querida mãe, Nossa Senhora da Soledade, em tua vida sempre procuraste fazer a vontade do Pai. Tira do nosso coração o egoísmo, o orgulho que nos atrapalha ser mais fiéis ao chamado e ao cumprimento da vontade de Deus. Neste primeiro dia da novena, rezamos para que possamos colocar a vontade de Deus no centro de nossa vida e acima de todas as coisas, mesmo que isso pareça difícil ou impossível, mas sabemos que “para Deus, nada é impossível” (Lc 1,37)
Pai nosso…
Ave Maria…
Meditar sobre a ação de Deus em nossa vida.
HINO DA PADROEIRA

SEGUNDO DIA

“OLHOU PARA A HUMILDADE DE SUA SERVA.” Lc 1, 48
Ó querida mãe, Nossa Senhora da Soledade, desde o início do chamado de Deus tu sabias de tuas fraquezas e de tua pequenez, mas mesmo assim acreditaste nas promessas de Deus. Vimos agora, diante de ti, com o coração inquieto, pedir que nos ajude a confiar mais quando somos chamados a qualquer missão em tua Igreja ou na sociedade. Como o Senhor olhou para a humildade de sua serva, olha também para a nossa humildade e dá-nos a graça de servi-lo com mais confiança e amor.
Pai nosso…
Ave Maria…
Pedir a graça de encontrar a nossa missão na Igreja.
HINO DA PADROEIRA

 TERCEIRO DIA

A PROFECIA DE SIMEÃO
“Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de muitos em Israel e sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma.” Lc 2, 34-35
Ó querida mãe, Nossa Senhora da Soledade, vimos neste dia pedir pelos pais e mães que sofrem pela falta de seus filhos, mortos ou vivos. Vivendo distantes ou perto, causam dor e tristeza aos seus pais. Pedimos também pelos filhos para que se convertam e encontrem o caminho do bem e do amor.
Pai nosso…
Ave Maria…
Rezar pelas famílias em conflito.
HINO DA PADROEIRA

QUARTO DIA

FUGA PARA O EGITO
“O anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse: levanta, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que te avise, pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo. Levantando-se, José tomou o menino e a mãe, e partiu para o Egito.” Mt 2, 13-14
Ó querida mãe, Nossa Senhora da Soledade, neste dia vimos rezar pelos que estão fora de sua pátria, longe de suas famílias, de sua cultura e de suas raízes, na solidão. Que eles sintam a tua presença materna, a força que vem de Deus e o conforto de nossa oração.
Pai nosso…
Ave Maria…
Rezar pelos exilados
HINO DA PADROEIRA

QUINTO DIA

MARIA PROCURA JESUS EM JERUSALÉM
“Acabados os dias da festa da Páscoa, quando voltaram, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o percebessem. Pensando que estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia e o procuraram entre parentes e conhecidos. E, não o achando, voltaram a Jerusalém à procura dele.” Mt 2, 43b-45
Ó querida mãe, Nossa Senhora da Soledade, vimos neste momento pedir pelas pessoas que ainda não encontraram Jesus. Quantas pessoas andam perdidas em suas vidas por falta deste encontro de amor com Jesus, e com sua Igreja. Toca o coração dessas pessoas para que venham experimentar a alegria de estar junto com Jesus e com sua comunidade de fé.
Pai nosso…
Ave Maria…
Rezar por aqueles que estão afastados da Igreja.
HINO DA PADROEIRA

SEXTO DIA

JESUS ENCONTRA SUA MÃE NO CAMINHO DO CALVÁRIO
“Ao conduzir Jesus, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e o encarregaram de levar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres que batiam no peito e o lamentavam.” Lc 23, 26-27
Ó querida mãe, Nossa Senhora da Soledade, vimos neste dia da novena rezar pelos enfermos, moribundos e por todos os que estão no caminho do calvário da vida. Sede para eles o alento, a esperança e a força para que nunca desanimem. E ajuda-nos a sermos também solidários com todos os sofredores.
Pai nosso…
Ave Maria…
Rezar pelos doentes e moribundos.
HINO DA PADROEIRA

SÉTIMO DIA

MARIA AO PÉ DA CRUZ DE JESUS
“Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, Maria de Cléofas, Maria Madalena. Vendo a mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse Jesus para a mãe: ‘Mulher, eis aí o teu filho!’ depois disse para o discípulo: ‘Eis aí a tua mãe!’” Jo 19, 15-27ª
Ó querida mãe, Nossa Senhora da Soledade, que experimentaste os sofrimentos da vida, te pedimos, com muita fé: atenda o nosso pedido. És a mãe da soledade, sabemos que somos fracos e pecadores, limitados e vulneráveis na fé. Vê a nossa fraqueza e vem ajudar-nos, pois confiamos em vossa proteção.
Pai nosso…
Ave Maria…
Ajudar um necessitado.
HINO DA PADROEIRA

OITAVO DIA

MARIA DEPOSITA JESUS NO SEPULCRO
“Chegada a tarde, porque era o dia da Preparação, isto é , a véspera de sábado, veio José de Arimatéia, entrou decidido na casa de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos, então, deu o cadáver a José, que retirou o corpo da cruz.” Mc 15, 42
Ó querida mãe, Nossa Senhora da Soledade, vimos neste dia da novena pedir pelas mães e pais que contemplam os seus filhos mortos, seja por doenças ou por acidentes. Que eles possam encontrar em ti a força para prosseguir a vida e, por teu exemplo, possam ser defensores da vida em todos os sentidos.
Pai nosso…
Ave Maria…
Rezar pelos pais que perdem seus filhos.
HINO DA PADROEIRA

NONO DIA

MARIA DEPOSITA JESUS NO SEPULCRO
“Os discípulos tiraram o corpo de Jesus e o envolveram em faixas de linho com aromas, conforme é o costume de sepultar dos judeus. Havia perto do local, onde fora crucificado, um jardim, e no jardim um sepulcro novo onde ninguém ainda fora depositado. Foi ali que puseram Jesus. (Jo 19, 40-42a)
Ó querida mãe, Nossa Senhora da Soledade, vimos neste último dia da novena pedir a tua proteção e agradecer pela tua presença em nossa vida cristã. Que a cada dia aprendamos o valor da vida e do nosso corpo, morada de Deus. Que aprendamos, cada vez mais, que Deus habita em nosso corpo e, por isso, ele se torna sagrado. Que a tua presença, de mãe da soledade, nos ensine a ser solidários com nossos irmãos.
Pai nosso…
Ave Maria…
Fazer um ato de ação de graças.
HINO DA PADROEIRA


HINO DE NOSSA SENHORA DA SOLEDADE

SENHORA DA PERSEVERANÇA DIANTE DA DOR E DA CRUZ.
EXEMPLO PRA NOSSA ESPERANÇA QUE AVANÇA ENTRE DORES PRA LUZ.
E NA SOLIDÃO DO EXÍLIO NUNCA SE DESESPEROU.
POR QUEM LHE PEDE AUXÍLIO
A SEU FILHO SEMPRE ROGOU.

MÃE DE CRISTO E MÃE NOSSA QUE A SOLIDÃO FEZ CHORAR,SENHORA DA SOLEDADE, NOSSA SENHORA DE ITAJUBÁ.

É MÃE DAS MULHERES SOFRIDAS
E DOS FILHOS CRUCIFICADOS.
CONSOLO NOS PRANTOS DA VIDA,
NA VIDA DOS ABANDONADOS.
NA CRUZ DA MAIOR SOLIDÃO O CRISTO ALI NOS MOSTROU:
“MULHER EIS AÍ VOSSO FILHO”. “Ó FILHO EIS AQUI VOSSA MÃE”.

MÃE DE CRISTO E MÃE NOSSA QUE A SOLIDÃO FEZ CHORAR,
SENHORA DA SOLEDADE, NOSSA SENHORA DE ITAJUBÁ.(BIS) 


 Homenagem a Nossa Senhora

ELABORADO COM COLABORAÇÃO DOS SITES:
http://www.catolicismo.com.br/
http://www.soledadeitajuba.com.br/
http://www.google.com.br
http://www.youtube.com

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