NOSSA SENHORA DE BEAURAING
Beauraing
era, em 1932, uma pequena povoação da Bélgica que nem constava nos mapas.
Situada
na região das Ardenas, planalto caracterizado por grandes penhascos,
desfiladeiros e rios caudalosos, distava cerca de dez quilômetros da fronteira
com a França.
No
final desse mesmo ano, cinco crianças afirmaram receber a aparição da
Santíssima Virgem Maria, quem ficou conhecida como "Virgem do Coração de
Ouro".
No ano seguinte, 1933, um adulto corroborou toda a história contada pelas crianças ao receber, também ele, uma aparição de Nossa Senhora e ao ser curado milagrosamente da sua doença.
O
bispo local autorizou a devoção pública a Nossa Senhora de Beauraing no dia 2
de Fevereiro de 1943, durante o período da Segunda Guerra Mundial e da ocupação
nazi que tanto fez sangrar o povo belga.
As
aparições de Nossa Senhora em Beauraing foram plenamente aprovadas pelas
entidades eclesiásticas no dia 2 de Julho de 1949.
Posteriormente, o Santuário de Beauraing pôde contar com a visita do Papa João Paulo II.
Os
videntes
As
irmãs Andreia e Gilberta Degeimbre, de 14 e 9 anos respectivamente, e outros
três irmãos, Fernanda, Alberto e Gilberta Voisin, de 15, 11 e 7 anos.
A
mensagem
Na
tarde de 29 de Novembro de 1932 as duas irmãs Degeimbre e os dois irmãos
Alberto e Fernanda Voisin, dirigem-se para a escola das religiosas, para irem
buscar a mais nova dos Voisin, Gilberta. Já tinha caído a noite e fazia frio.
No
fim da rua da igreja, onde era a escola das irmãs, elevam-se dois pilares que
sustentam um viaduto.
Alberto,
chegados à parta da escola, volta-se na direcção dos pilares e é aí que vê uma
forma branca, semelhante à imagem de Nossa Senhora de Lourdes que estava numa
reprodução da gruta de Lourdes, que havia no jardim da escola.
Perante a exclamação de Alberto, todas as crianças se viraram e viram uma pessoa vestida de branco que flutuava no ar entre o viaduto e gruta da Virgem de Lourdes.
Perante a exclamação de Alberto, todas as crianças se viraram e viram uma pessoa vestida de branco que flutuava no ar entre o viaduto e gruta da Virgem de Lourdes.
Aparece
entretanto a pequena Gilberta à porta da escola e, não sabendo de nada, vê
também "uma mulher vestida de branco e de mãos juntas, e que olhava para
ela".
As
religiosas, alertadas pelas palavras das crianças, disseram que uma imagem (a
da gruta de Lourdes) não podia mexer e mandaram-nas para casa.
No
dia seguinte, o mesmo grupo deslocou-se à escola à mesma hora.
Lá estava Nossa Senhora com o mesmo aspecto, deslocando-se no ar.
Lá estava Nossa Senhora com o mesmo aspecto, deslocando-se no ar.
No
dia 1 de Dezembro novamente as crianças se dirigiram ao local, seguidas de
cerca de doze pessoas entre as quais a mãe Degeimbre.
A
Virgem aguardava as crianças no caminho que vai desde o gradeamento do jardim
da escola até à gruta.
A
visão durou apenas instantes, o tempo de ver uma luz mais intensa que das
outras vezes e que a cabeça da virgem estava rodeada duma coroa feita de
numerosos raios dourados que lhe cingia a fronte.
Tinham
também brilhantes olhos azuis que contemplavam as crianças com extrema doçura.
Feitas
as inspeções sem sucesso pela Sra. Degeimbre e pelos outros, as crianças
preparavam-se para voltar a casa quando deram um grito e, diante delas, em cima
duma nuvem junto ao chão, estava a Virgem de mãos juntos e de olhos virados
para o céu.
As crianças
caíram em êxtase. Quando a imagem desapareceu, abrindo os braços para as saudar
e abençoar, sempre sem dizer uma palavra, as crianças saíram do êxtase.
Mas,
poucos passos à frente, viram de novo a Virgem e não foi pela última vez nesse
dia.
As mães dos videntes decidiram voltar à gruta para mais inspecções, As crianças foram atrás delas e cerca das oito da noite, depois de terem ultrapassado o gradeamento, Alberto, Fernanda e Andreia caíram de joelhos: a Virgem tinha voltado e estava debaixo dum arbusto, um tronco de espinheiro.
As mães dos videntes decidiram voltar à gruta para mais inspecções, As crianças foram atrás delas e cerca das oito da noite, depois de terem ultrapassado o gradeamento, Alberto, Fernanda e Andreia caíram de joelhos: a Virgem tinha voltado e estava debaixo dum arbusto, um tronco de espinheiro.
A
Virgem apareceu neste local mais de 30 vezes.
A Madre Superiora proibiu que as crianças fossem à escola no dia seguinte.
As crianças obedeceram, mas passaram a noite a rezar e a chorar.
Todas
as aparições acorreram ao fim do dia, o que deu origem a uma grande afluência.
Nos primeiros dias a Santa Senhora parecia esperar pelas crianças.
Apareceu-lhes enquanto rezavam o terço.
Nos primeiros dias a Santa Senhora parecia esperar pelas crianças.
Apareceu-lhes enquanto rezavam o terço.
Quando a viram, as suas vozes tornaram-se mais agudas e mais altas parecendo uma só voz.
Algumas centenas de pessoas rezavam com elas durante este silêncio puro.
As religiosas que escutam esta maravilha, que terão elas pensado? A verdade é que não apareceram e conservaram o gradeamento fechado.
Então, em 8 de Dezembro, de manhã muito cedo, confessa-se um grande número de pessoas, muitas delas claramente convertem-se. Um número enorme recebe a comunhão.
Depois da missa há uma procissão aos troncos de espinheiro. Começa a vir gente de toda a parte da Bélgica.
Às
três horas da tarde, o terreno do convento está cheio de gente, bem como a rua.
A polícia mantém a ordem e entoa-se o cântico: "Estende as tuas mãos abençoadas sobre toda a Bélgica".
A polícia mantém a ordem e entoa-se o cântico: "Estende as tuas mãos abençoadas sobre toda a Bélgica".
O
espaço em torno dos espinheiros está cheio de velas acesas e então, o
gradeamento do convento é fechado o que não foi muito fácil.
As velas são apagadas e a polícia continua a patrulhar o lugar para proteger a propriedade das religiosas e impedir que as pessoas forcem o gradeamento.
As velas são apagadas e a polícia continua a patrulhar o lugar para proteger a propriedade das religiosas e impedir que as pessoas forcem o gradeamento.
Às
18 horas, as crianças chegam e ouve-se uma voz que diz: "Ela está
aqui!!" Caem de joelhos e rezam a Avé Maria.
Pedem a Nossa Senhora que fale mas ela faz só um sorriso. Então todos rezam o terço inteiro e a aparição permanece visível durante todo o tempo.
Há
seis médicos que querem ver as crianças e examiná-las.
Passam uma lâmpada eléctrica diante dos olhos de uma das crianças, um médico enfia uma agulha profunda noutra criança e coloca um fósforo aceso em cima da mão de uma das meninas, o fósforo arde até ao fim, mas não aparece nenhum sinal de queimadura.
Os médicos concordam todos que as crianças estão em êxtase total.
As
crianças são interrogadas em separado, mas não surgem diferenças entre o que
cada uma diz.
É admirável escutar o que a mais nova diz quanto à aparência da Senhora. Mas as pessoas perceberam que Nossa Senhora apareceu.
Finalmente,
a Senhora diz quem é, respondendo a uma pergunta de Alberto:
Sou
a Virgem Imaculada.
E
Alberto continua: "Que quer de nós?"
A
Virgem responde:
Quero
que sejais sempre muito bons.
Em
23 de Dezembro, diz:
Queria
que se construísse aqui uma igreja para que as pessoas possam vir em
peregrinação.
Em
29 de Dezembro, Fernanda ouve dizer-lhe:
Rezai
sempre.
Ao
mesmo tempo, Fernanda vê aparecer sobre o peito da Virgem um coração de ouro
resplandecente.
E
também em 2 de Janeiro, Nossa Senhora diz:
Amanhã
direi a cada um de vós, algo de muito especial.
Em 3
de Janeiro é o último dia das aparições e definitivamente o dia mais importante
para os anúncios.
Alberto recebe um segredo que nunca revelou e sua irmã Gilberta também.
Mas
Gilberta, a mais crescida, ouve a grande promessa de Beauraing:
Converterei
os pecadores.
E a
Andreia, confirma a sua identidade:
Sou
a Rainha do Céu e a Mãe de Deus. Rezai sempre.
A
Fernanda, que ao princípio não se tinha dado conta de nada e que por isso
continuava a rezar mais afincadamente, Nossa Senhora disse:
Amas
o meu Filho? Amas-me? Então oferece-te a mim!
Reconhecimento pela Igreja
Em
Fevereiro de 1943, D. Charue autorizou a devoção pública a Maria, em Beauraing,
mas foi apenas em 1949, depois da Segunda Guerra Mundial, que o santuário foi
oficialmente reconhecido e que saíram dois documentos importantes.
O primeiro tratava de duas das muitas curas que tiveram lugar em Beauraing, declarando-as milagrosas.
O
segundo documento era um carta dirigida ao clero em que o bispo dizia
"estamos habilitados para dizer com toda a serenidade e prudência que a
Rainha do Céu apareceu às crianças de Beauraing, durante o Inverno de
1932-1933, especialmente para nos mostrar com o seu coração maternal, o apelo
intenso à oração e a promessa da sua poderosa mediação pela conversão dos
pecadores."
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