NOSSA SENHORA DAS ROSAS
Uma aparição da Mãe Santíssima ocorreu em 1964. Foi
impressionante, em virtude de diversos fenômenos admiráveis, entre os quais
estavam as primeiras fotografias de uma das aparições da Virgem.
Sobre a vidente
Rosa Quatrinni, também conhecida como Mamma Rosa, nasceu
em janeiro de 1909 em Sentimento de Rottofreno. Filha de Federico e Giacomina
Buzzini, os quais tiveram sete filhos mas só quatro filhas sobreviveram à
infância. A vida de Rosa e suas irmãs consistia em ir à escola e trabalhar na
lavoura. Federico, como toda a família Buzzini, era muito devoto e piedoso. Ele
morreu quando Rosa tinha dois anos.
Rosa casou-se, mas suas três irmãs entraram para ordens
religiosas. Uma delas acabou no Brasil como missionária, outra no Ceilão trabalhando
entre leprosos e a terceira foi ser carmelita. As três irmãs ficaram contentes
e gratas por Rosa ter sido escolhida como intermediária da Mãe Santíssima.
Sobre a aparição
Há dois outros lugares chamados San Damiano na Itália,
mas este terceiro é mais um daqueles lugares remotos que não se encontram nos
atlas comuns. Mencionado como povoado, situa-se em área montanhosa, uns 70
quilômetros a sudeste de Milão.
No povoado vivia Rosa Quattrini, mulher de Giuseppe, e
ali conhecida como “Mamma Rosa”. Em 1961, ela sofria de tumores intestinais em
estado avançado e diversas vezes foi hospitalizada em Piacenza. Antes da última
internação, os tumores tinham perfurado as paredes intestinais e logo ela
contraiu peritonite incurável, doença mortal e dolorosa. Às portas da morte,
Mamma Rosa foi mandada para casa. Tinha 52 anos.
Em 29 de setembro de 1961, enquanto recebia os cuidados
de sua tia Adele, Rosa estava acamada com dores excruciantes. Uma “senhora
visitante” bateu à porta pedindo donativos para Padre Pio, o famoso frade do
mosteiro dos capuchinhos em San Giovanni Rotondo, perto de Foggia.
Padre Pio era conhecido por seus notáveis poderes de
clarividência e premonição e manifestara estigmas. Entretanto, ele fazia o
possível para não chamar a atenção e dedicava-se humildemente a obras de
caridade. Mesmo assim, e apesar da ampla aceitação pública, o Santo Ofício não
aceitava seus fenômenos e suas obras.
A visitante foi descrita como uma jovem de uns 25 anos,
muito bonita, mais loira que morena. Usava um vestido cinza-azulado malfeito e
carregava uma bolsa preta. Disse que vinha de muito longe. A mulher pediu à tia
Adele permissão para visitar Rosa. Quando o sino da igreja anunciou o ângelus,
a senhora pediu a Rosa que o recitasse com ela. Depois disso, convidou Rosa a
sair da cama e ofereceu-lhe a mão para ajudá-la a ficar de pé. A visitante,
então, colocou as mãos nas partes doloridas do corpo de Rosa. Nesse momento, as
dores de Rosa cessaram imediatamente – e ela ficou curada da peritonite e dos
tumores perfurantes. Essa cura milagrosa foi, mais tarde, confirmada pelos
médicos, para assombro de todos.
Rosa, em lágrimas, ajoelhou-se diante da senhora, e esta
lhe disse para ir a San Giovanni Rotondo e apresentar-lhe a Padre Pio, o que
Rosa fez assim que ficou completamente restabelecida e angariou o dinheiro para
ir a San Giovanni Rotondo. Quando Rosa chegou lá, a mesma jovem lhe
apareceu e disse ser a Mãe da Consolação e a Mãe dos Aflitos. Levou Rosa até
Padre Pio e depois desapareceu. Seguindo as instruções de Padre Pio, Rosa
consagrou-se ao cuidado dos doentes no hospital de Piacenza.
Dois anos depois, Padre Pio interrompeu Rosa em seu
trabalho de cuidar dos doentes e lhe revelou que ela precisava voltar para
casa, onde a aguardava missão muito importante. Rosa voltou a San Damiano em
1963, mas nada da “missão importante” evidenciou-se antes de 16 de outubro de
1964.
Para provar a verdade de sua aparição, a Senhora disse
que daria sinais, sendo o primeiro deles fazer a pereira florir fora de época.
Pediu que fosse cavado um poço bem perto da árvore – e desapareceu.
Embora a cura de Rosa e o fato de Padre Pio apadrinhá-la
lhe tivessem dado distinção especial, todo o mundo duvidou – pereiras só
floriam na primavera (na Europa, a primavera ocorre de 21 de março a 20 de
junho) e era outubro. Contudo, ao amanhecer do dia seguinte, todos viram a
pereira carregada de flores que exalavam um perfume muito forte e agradável.
Esse fenômeno causou sensação. Durante dezessete dias milhares de espectadores
curiosos e a imprensa puderam admirar o fenômeno e centenas de fotografias
foram tiradas e publicadas nos meios de comunicação. A mesma árvore voltou a
florir no fim de setembro do ano seguinte.
Na sexta-feira seguinte, observada por um número
considerável de pessoas, Rosa novamente viu a aparição da Senhora acima da
pereira, o que aconteceu toda sexta-feira durante os 13 anos seguintes.
Durante as aparições que ocorreram, Rosa viu a Senhora
vestida de várias maneiras, inclusive de vermelho. E sempre a Senhora estava de
pé sobre rosas, ou estas flutuavam em volta dela, por isso ela ficou conhecida
como “Nossa Senhora das Rosas”.
Na aparição de 9 de novembro de 1969, a Senhora disse:
“Virei três vezes vestida de vermelho, como hoje. Depois dessas três vezes, o
Pai Eterno agirá com justiça, se vocês (a humanidade) não pedirem perdão, se
não se emendarem de todos esses pecados e sacrilégios.”
Nesse momento, Mamma Rosa, em seu ligeiro transe,
relatou: “A Mãe chegou à pereira, toda vestida de vermelho, em uma luz tão
grande e resplandecente que brilha sobre o mundo inteiro – acompanhada de todos
os anjos e também dos santos mártires que deram a vida por Jesus”.
Em 8 de dezembro de 1967, dia e mês em que se comemora a
festa da Imaculada Conceição, a Virgem apareceu a cerca de duas mil pessoas,
metade das quais era de países estrangeiros, como a França, Suíça, Alemanha,
Iugoslávia, Áustria, Estados Unidos, Canadá e países sul-americanos.
A multidão viu um sol que girou durante meia hora e
lançou raios multicores. Estava completamente obscurecido e só se viam as
arestas externas... como um eclipse. Entretanto, não houve eclipses em dezembro
de 1967. Muitas fotografias foram tiradas desses fenômenos.
Em 9 de dezembro de 1968, o Diário de Piacenza publicou
na primeira página: “Cento e cinquenta ônibus e cerca de mil carros trouxeram enorme
multidão a San Damiano, ontem. Segundo as maiores estimativas havia cerca de
dez mil pessoas... Uns trinta padres franceses estavam ao redor da pereira”.
Chovera na noite anterior e ainda chovia sobre a
multidão. Todos os acessos a San Damiano estavam bloqueados por carros e ônibus
estacionados. E assim, milhares de pessoas com guarda-chuvas tiveram de
caminhar com lama até os tornozelos para chegar à pereira – ou o mais possível
perto dela. Era muito densa a multidão ao redor de Mamma Rosa e da pereira.
Em dado momento, Mamma Rosa pediu que todos fechassem os
guarda-chuvas. Então, como em Fátima em 1917, surgiram diversos sinais que
iriam estar presentes em algumas aparições. Para citar apenas alguns, eles são
descritos como: sol giratório; duplicação do sol; cruzes brancas iluminadas, em
diversas posições, algumas com o sol girando na intersecção das travessas
verticais e horizontais da cruz; círculos perfeitos formados de pequenos raios
parecidos com pingentes de gelo; um círculo perfeito de dez contas; raios de
diversos contornos e formas; retângulos e triângulos no céu ou atrás do sol;
barras ou colunas em posição vertical ou horizontal sobre fotografias inteiras;
hexágonos; a imagem de um monge suspenso no ar.
Dezenas
de fotografias foram tiradas desses fenômenos, em preto e branco e coloridas.
Algumas fotos foram examinadas com muita seriedade e diligência” pelo doutor
Pierre Weber, engenheiro de pesquisas do Departamento Nacional de Estudo e
Pesquisa no Ar e no Espaço, em Paris. Especialistas de diversos campos de
meteorologia e análise de filmes examinaram outras fotografias.
Ninguém descobriu uma causa natural para os fenômenos
fotografados. Como não encontraram uma explicação plausível, eles e
especialistas subsequentes mergulharam no silêncio e desistiram da busca para
encontrar uma explicação natural. Nenhum dos especialistas, porém, ousou tirar
conclusões que incluíssem uma explicação sobrenatural, por isso os incrédulos
ficaram livres para afirmar que as fotografias eram falsificadas ou refletiam
fenômenos atmosféricos naturais, de origem misteriosa.
Muita gente fotografou a área acima da pereira onde Mamma
Rosa disse que a Mãe Santíssima apareceu. Na aparição de 17 de outubro de 1967,
algumas das fotografias resultantes revelaram o “sinal” definitivo – uma forma
luminosa, mas ligeiramente velada. Era claramente reconhecível como uma mulher
que trajava um vestido longo, delineada por uma aura brilhante. O fundo das
fotografias mostra, em geral, as folhas e os ramos mais elevados da pereira.
Os devotos ficaram impressionados, mas os incrédulos
denunciaram as fotografias como falsas. Na verdade, as fotografias de San
Damiano nunca se recuperaram dessa condenação, nem mesmo mais tarde, em 1968,
quando foram tiradas as célebres fotografias em Zeitoun, Egito. Como ali as
aparições foram observadas por no mínimo quinhentas mil pessoas, as fotografias
de Zeitoun nunca foram contestadas. As fotografias da imagem tiradas em San
Damiano são quase idênticas às tiradas em Zeitoun.
No decorrer das muitas mensagens em San Damiano, a Mãe
Santíssima voltou a manifestar tristeza com a humanidade pecadora. Em geral,
essas mensagens seguem o tema: “o diabo está agressivo no mundo inteiro”.
Na mensagem de 25 de maio de 1970, a Virgem falou: “Sou
insultada neste lugar (isto é, no mundo), sou tão desprezada, caluniada! Isso
me causa muita tristeza, pois a humanidade não vê que venho para salvar todos”.
Algumas das mensagens referem-se a um apocalipse
universal que está para vir, a não ser que o mundo mude seus modos pecaminosos.
Na mensagem de 9 de setembro de 1969, a Mãe Santíssima disse: “E não temam,
querido filhos, porque virei, sim, virei para o meio de vocês e todos vão me
ver, e, então, acreditarão”. Acredita-se que isso se refira a grandes aparições
que ainda estavam para vir, embora, em 1969, a aparição em Zeitoun, Egito, já
acontecesse havia um ano.
Em 29 de dezembro de 1966, enquanto estavam em andamento
as aparições de Maria Santíssima a Rosa Quattrini, a Sagrada Congregação para a
Doutrina da Fé, em Roma, decretou que a permissão eclesiástica já não era
exigida para publicações sobre revelações, visões ou milagres, nem para frequentar
lugares de aparições não reconhecidas. O decreto, aprovado pelo papa Paulo VI,
também declarou: “Portanto, não existe mais nenhuma proibição a respeito da
narrativa de videntes, sejam eles reconhecidos ou não, pela autoridade
eclesiástica... É permitido aos católicos frequentar lugares de aparições,
mesmo as não reconhecidas pelos ordinários das dioceses ou pelo Santo Padre.”
Na mensagem de 7 de maio de 1970, a Mãe Santíssima
prometeu: “Estou sempre aqui com vocês, noite e dia. Enquanto meu instrumento
viver, estarei sempre aqui.” E assim foi, toda sexta-feira, até Mamma Rosa
Quattrini, o instrumento de Nossa Senhora em San Damiano, morrer, em 8 de
setembro de 1981, aniversário tradicional da Santíssima Virgem Maria.
COLABORADORES:
Fonte principal: site: Maria
Mãe da Igreja
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