domingo, 22 de fevereiro de 2015

NOSSA SENHORA DE BALSAMÃO



As raízes do Santuário de Nossa Senhora de Balsamão assentam, provavelmente, nos tempos da Reconquista Cristã, ainda que a primeira data até agora conhecida seja o ano de 1212. Chamava-se em tempos “Monte Carrascal”. Onde se instalaram os Mouros que subjugavam os Cristãos com pesados impostos, entre os quais figurava o vergonhoso Tributo das donzelas, que consistia no fato de que, sempre que houvesse um casamento, a noiva ia passar a noite de núpcias no harém do Emir, chefe dos Mouros, para satisfazer os seus caprichos animalescos e libidinosos. 

Amedrontados pelo seu grande poderio e pela sua extrema crueldade, os súbditos submetiam-se, embora revoltados, a esta ignominiosa prepotência, por se reconhecerem incapazes de se lhe oporem com êxito. 

Longos anos se passaram debaixo desta humilhação revoltante, até que, um dia, um jovem, destemido e audaz, resolveu pôr fim a esta odiosa servidão. 

Na véspera do seu casamento, jurou à noiva que não a deixaria sujeitar-se àquela desonra insuportável. A noiva, receosa da vingança do despótico tirano, implorou fervorosamente a proteção de Nossa Senhora de quem era muito devota e prometeu levantar-Lhe uma capela se Ela lhe valesse naquela angustiosa aflição. 

No dia do casamento, depois da boda, o jovem recém-casado, disfarçado com o vestido da esposa, e acompanhado dos amigos com quem tinha combinado o plano da revolta, apresentou-se no castelo, pedindo licença para, todos juntos, oferecerem presentes e prestarem vassalagem a tão alto Senhor. 

O pedido foi aceito e a comitiva entrou na sala do castelo com as facas de matar porcos, dissimuladas nos açafates, à guisa de presentes. 

Quando o rei moiro apareceu, acompanhado da sua guarda real, para receber os presentes e levar a noiva para a sua alcova, o jovem puxou do punhal e cravou-o no coração do tirano, ao mesmo tempo que os companheiros faziam o mesmo aos guardas que o acompanhavam. 

Aos gritos lancinantes dos moribundos, irromperam na sala estrepitosamente os restantes soldados, em grande número e armados até aos dentes.

A luta foi terrível e desigual: dum lado, a coragem e a determinação; do outro, a crueldade e a força. E, como contra a força não há resistência, a vitória pendia naturalmente para o lado dos mouros. 

Mas, quando os cristãos começavam a fraquejar, feridos pelos alfanjes dos maometanos e tudo parecia irremediavelmente perdido, apareceu surpreendentemente, no meio deles, uma Senhora alta, toda vestida de branco, com um vaso de bálsamo na mão, que começou a ungir-lhes as feridas. 

À medida que a Senhora desconhecida os ungia, as feridas ficavam subitamente curadas e a coragem renascia-lhes dentro da alma. Renovadas as forças e empolgados com esta aparição, atiraram-se, como S. Tiago, aos mouros e a sorte do combate começou a mudar. 
Agora, eram os mouros que retrocediam, apavorados com aquela aparição inopinada e inexplicável que atribuíam a alguma feitiçaria dos inimigos e contra a qual se sentiam impotentes para lutar. 

Desmoralizados, incapazes de continuar a luta, puseram-se em fuga, precipitadamente, encosta abaixo, atropelando-se uns aos outros, para salvarem a vida. Mas encontraram pela frente toda a população que entretanto tomou conhecimento da revolta dos jovens e se preparou para os ajudar.
Então, os mouros, atacados pela frente e pela retaguarda, sofreram uma terrível chacina que os vitimou implacavelmente. 

E assim acabou a abominável opressão do domínio sarraceno e começou a liberdade dos habitantes da região, os quais, atribuindo a vitória a Nossa Senhora, que, com o bálsamo na mão, curou as feridas dos seus filhos e lhes infundiu ânimo para levarem de vencida os odiados opressores, e ainda para darem cumprimento à promessa de noiva, iniciaram a construção da capela em sua honra.

SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DE BALSAMÃO 
CHACIM - PORTUGAL


CAPELA NO INTERIOR DO SANTUÁRIO DE BALSAMÃO


SANTUÁRIO E CONVENTO NOSSA SENHORA DE BALSAMÃO


A Nossa Senhora deram o nome de Senhora do Bálsamo na Mão, que depois evoluiu para Senhora de Balsamão. 
E ao lugar onde os mouros sofreram a chacina deram o nome de Chacim, terra próxima do Santuário de Balsamão.

Junto ao Santuário Nossa Senhora de Balsamão encontra-se também o Convento de Balsamão é um lugar único para repouso físico e reflexão espiritual. Por este motivo, muitos são os turistas nacionais e internacionais que a ele recorrem.


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