NOSSA SENHORA DE BALSAMÃO
As raízes do Santuário de Nossa Senhora de Balsamão
assentam, provavelmente, nos tempos da Reconquista Cristã, ainda que a primeira
data até agora conhecida seja o ano de 1212. Chamava-se em tempos “Monte
Carrascal”. Onde se instalaram os Mouros que subjugavam os Cristãos com
pesados impostos, entre os quais figurava o vergonhoso Tributo das
donzelas, que consistia no fato de que, sempre que houvesse um casamento,
a noiva ia passar a noite de núpcias no harém do Emir, chefe dos
Mouros, para satisfazer os seus caprichos animalescos e libidinosos.
Amedrontados pelo seu grande poderio e pela sua extrema
crueldade, os súbditos submetiam-se, embora revoltados, a esta ignominiosa
prepotência, por se reconhecerem incapazes de se lhe oporem com êxito.
Longos anos se passaram debaixo desta humilhação
revoltante, até que, um dia, um jovem, destemido e audaz, resolveu pôr fim a
esta odiosa servidão.
Na véspera do seu casamento, jurou à noiva que não a
deixaria sujeitar-se àquela desonra insuportável. A noiva, receosa da vingança
do despótico tirano, implorou fervorosamente a proteção de Nossa
Senhora de quem era muito devota e prometeu levantar-Lhe uma capela se Ela
lhe valesse naquela angustiosa aflição.
No dia do casamento, depois da boda, o jovem
recém-casado, disfarçado com o vestido da esposa, e acompanhado dos amigos com
quem tinha combinado o plano da revolta, apresentou-se no castelo, pedindo
licença para, todos juntos, oferecerem presentes e prestarem vassalagem a tão
alto Senhor.
O pedido foi aceito e a comitiva entrou na sala do
castelo com as facas de matar porcos, dissimuladas nos açafates, à guisa de
presentes.
Quando o rei moiro apareceu, acompanhado da sua guarda
real, para receber os presentes e levar a noiva para a sua alcova, o jovem
puxou do punhal e cravou-o no coração do tirano, ao mesmo tempo que os
companheiros faziam o mesmo aos guardas que o acompanhavam.
Aos gritos lancinantes dos moribundos, irromperam na sala
estrepitosamente os restantes soldados, em grande número e armados até aos
dentes.
A luta foi terrível e desigual: dum lado, a coragem e a
determinação; do outro, a crueldade e a força. E, como contra a força não há
resistência, a vitória pendia naturalmente para o lado dos mouros.
Mas, quando os cristãos começavam a fraquejar, feridos
pelos alfanjes dos maometanos e tudo parecia irremediavelmente perdido,
apareceu surpreendentemente, no meio deles, uma Senhora alta, toda vestida de
branco, com um vaso de bálsamo na mão, que começou a ungir-lhes as
feridas.
À medida que a Senhora desconhecida os ungia, as feridas
ficavam subitamente curadas e a coragem renascia-lhes dentro da alma. Renovadas
as forças e empolgados com esta aparição, atiraram-se, como S. Tiago, aos
mouros e a sorte do combate começou a mudar.
Agora, eram os mouros que retrocediam, apavorados com aquela aparição inopinada
e inexplicável que atribuíam a alguma feitiçaria dos inimigos e contra a qual
se sentiam impotentes para lutar.
Desmoralizados, incapazes de continuar a luta, puseram-se em fuga, precipitadamente, encosta abaixo, atropelando-se uns aos outros, para salvarem a vida. Mas encontraram pela frente toda a população que entretanto tomou conhecimento da revolta dos jovens e se preparou para os ajudar.
Então, os mouros, atacados pela frente e pela retaguarda, sofreram uma terrível chacina que os vitimou implacavelmente.
E assim acabou a abominável opressão do domínio sarraceno e começou a liberdade dos habitantes da região, os quais, atribuindo a vitória a Nossa Senhora, que, com o bálsamo na mão, curou as feridas dos seus filhos e lhes infundiu ânimo para levarem de vencida os odiados opressores, e ainda para darem cumprimento à promessa de noiva, iniciaram a construção da capela em sua honra.
SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DE BALSAMÃO
CHACIM - PORTUGAL
CAPELA NO INTERIOR DO SANTUÁRIO DE BALSAMÃO
SANTUÁRIO E CONVENTO NOSSA SENHORA DE BALSAMÃO
A Nossa Senhora deram o nome de Senhora do Bálsamo na
Mão, que depois evoluiu para Senhora de Balsamão.
E ao lugar onde os mouros sofreram a chacina deram o nome de Chacim, terra
próxima do Santuário de Balsamão.
Junto ao Santuário Nossa Senhora de Balsamão encontra-se também o Convento de Balsamão é um lugar único para repouso físico e reflexão espiritual. Por este motivo, muitos são os turistas nacionais e internacionais que a ele recorrem.
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