NOSSA SENHORA CONQUISTADORA
Foi o Padre Roque Gonzáles, um missionário jesuíta, que
pela primeira vez se referiu a Nossa Senhora, a Mãe de Deus, como
Conquistadora.
Aconteceu que Roque Gonzáles, em 1614, recebeu de
presente do Superior Provincial da Companhia de Jesus, o Padre Diogo de
Torres, por ocasião de sua visita a redução Santo Inácio Guaçu, um quadro
pintado pelo Irmão Bernardo Rodrigues, SI, representando a Imaculada Conceição.
O povo da redução recebeu com muita alegria e
entusiasmo a Mãe do Céu e da Terra, foram muitas as manifestações de acolhidas.
Foram danças religiosas, cantos e procissão. A imagem foi carregada por quatro
caciques.
Mas dois morubixas vizinhos estavam observando toda a
festa feita à Nossa Senhora. O Padre Diogo, vendo-os, tomou a iniciativa de os
convidar para fazer a catequese, para tornarem-se cristãos, mas eles recusaram
e fugiram.
O povo da redução sabendo do fato colocou-se em oração
e vigília diante do quadro da Mãe para pedir pela conversão dos dois caciques.
E no dia seguinte os dois retornaram na companhia de mais um, com a intenção de
assumir eles com suas tribos a fé cristã.
Diante deste fato o Padre Roque voltou-se para a imagem e
com muito entusiasmo a chamou de CONQUISTADORA. Pois ela havia feito uma
conquista espiritual daqueles corações.
Depois disso, aquela imagem pintada foi assim
chamada, e o Padre Roque e seus companheiros sempre levavam consigo, aonde
fossem a Imagem da Conquistadora.
Foi em 1626 que o Padre Roque Gonzáles e seus
companheiros Padres Afonso Rodrigues e João Del Castilhos chegaram a essa
região, hoje Diocese de Uruguaiana, entrando na região pelo rio Ibicui com o
firme propósito de aumentar o numero de reduções do sul. As Missões
Jesuíticas, especificamente a Missão de Yapeju que tinha um território que
abrangia Alegrete, Uruguaiana, Itaqui e Quarai. Estabeleceu aqui um trabalho
muito intenso com os índios, sempre com a proteção da Nossa Senhora Conquistadora,
fazendo com que os índios se afeiçoassem à Mãe com um carinho filial.
Os Guaranis passaram a chamar o lugar que viviam deTupanciretã que
significa: Terra da Mãe de Deus.
Tupan – Deus
Ci – Mãe
Retã – terra.
Os três padres missionários tornaram-se
mártires das Missões. O quadro com a pintura da Nossa Senhora Conquistadora,
por ocasião do martírio, foi rasgado. Passaram anos e séculos, mas luz não se
apagou. Nossa Senhora Conquistadora continua a conquistar os corações, e João
Paulo II disse: “ cristão que não é mariano não é bom cristão.’
A devoção a Nossa Senhora Conquistadora continua
forte, em toda região da campanha e oeste do Rio Grande do Sul, e
principalmente na Diocese de Uruguaiana, onde ela é a Padroeira da Diocese. A
Romaria Diocesana de Nossa Senhora Conquistadora é uma marca da fé do povo por
essa Mãe tão cativante.
Assim continua a dar frutos na Fronteira Oeste do
Rio Grande do Sul a devoção plantada por Roque Gonzáles à Mãe Conquistadora.
Em Bage, Rio Grande do Sul, encontramos o Santuário Nossa Senhora Conquistadora, nessa cidade ocorre anualmente a procissão de Nossa Senhora Conquistadora, unindo milhares de fiéis.
SANTUÁRIO NOSSA SENHORA CONQUISTADORA - BAGÉ/RS
OBS: A Virgem dos Milagres, Padroeira do Paraguai, por
sua semelhança na origem é muitas vezes confundida com a Nossa Senhora
Conquistadora, pois ambas são Imaculada Conceição e tem histórias de conversão
dos índios.
Fontes:
Maria Ronety Canibal - catolicosunidosemcristo.blogspot.com.br/
Roque Gonzáles e Companheiros – Pe. Roque Scheneider
Ano dos Mártires das Missões – Arthur Rabuske
Jornal Expresso Minuano nº 343
Internet
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