domingo, 27 de dezembro de 2015

SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DA PAZ







A construção das grandes catedrais europeias durou muitíssimo tempo. Gerações inteiras de artesão medievais trabalham durante toda a vida na construção de edifícios que nunca chegariam a ver terminado. Em nossos dias vivemos tempos mais impacientes, isso se demonstra claramente na construção desta grande catedral católica na Costa do Marfim, África.

A maior basílica católica do mundo construiu-se em pouquíssimo tempo, em apenas três anos, ainda mais se considerarmos que está fora da Europa, de onde são fornecidos mármore, aço, concreto e vidro, materiais utilizados em sua construção.
Na deserta savana da costa do Marfim, longe dos grandes centros urbanos, a Basílica de Nossa Senhora da Paz, é o alarde arquitetônico mais grandioso do século, uma declaração de fé que custou pelo menos 100 milhões de libras esterlinas e que se ergue como um farol para os cristãos católicos da África…



O criador dessa catedral é o presidente Félix Houphouet Boigny, que com dez anos de idade teve que percorrer vários quilômetros para receber o batismo porque em sua aldeia natal de Yamoussoukro, não havia igreja católica. 


Imita em tudo o modelo de São Pedro de Roma, Itália, e embora em sinal de respeito, sua cúpula é um pouco mais baixa, a coroa e a cruz de ouro que a rematam alcançam uma altura de 15 metros, tornando-a 21 metros mais altos que a original.

Mede 193 metros de comprimento (seis a mais que a Catedral de São Pedro de Roma, Itália) e sua cúpula é três vezes mais larga que a de São Paulo de Londres, e poderia conter varias catedrais como Notre Dame de Paris. A abóbada de bronze sobre o altar é tão alta como um edifício de nove andares.



Em seu interior, basílica tem capacidade para sete mil pessoas sentadas e outras onze mil e pé. Fora dela, na explanada de mármore de quase três hectares sobre a qual se levanta a igreja, poderiam concentrar-se até 320.000 pessoas para participar dos atos.


Yamoussoukro, povoado que recebeu a grandiosa Catedral de Nossa Senhora da Paz, não possui mais que trinta mil habitantes, dos quais apenas quatro mil professam a fé católica apostólica romana. A Capital, Abdijan, em torno a qual vive a maior parte da população da Costa do Marfim, encontra-se a 257 km ao sul, e possui uma moderna catedral católica.

Mesmo sendo uma obra colossal, devido suas dimensões, a tarefa foi concluída aos comandos de Pierre Cabrelli, engenheiro responsável, que de inicio declarou ser impossível sua conclusão em tão pouco tempo, devido às dificuldades apresentadas no local.
Porém diante de muitas criticas que alegava que a Catedral de Nossa Senhora da Paz era uma loucura a um país pobre como a Costa do Marfim, ideia essa que foi rebatida com as seguintes palavras: “Quando se Construiu São Pedro, acaso não havia em Roma gente que passava fome?
Quando na Inglaterra construiu a Catedral de São Paulo, depois do grande incêndio, não havia em Londres pessoas pobres e sem lar?”

A colossal catedral foi entregue no tempo combinado reunindo cerca de 150.000 fieis para o ato de consagração realizado pelo Papa João Paulo II, no dia 10 de Setembro de 1990.

 

Um dos grandes destaques do edifício é a cúpula; o revestimento de estuque azul está forrado por 29 milhões de orifícios que atuam como uma tela para o som.
No alto há deslumbrantes anéis de vidro azul claro e escuro que dirigem a vista para o próprio centro da cúpula, onde está representada a pomba branca da paz. Em lugar de apresentar a Basílica de Nossa Senhora da Paz como a culminação de seus êxitos, Houphouet Boigny, se viu obrigado a defendê-la conta todo tipo de critica, tanto interna como externamente.
Mesmo assegurando que todo dinheiro gasto na sua construção havia saído de seu bolso, sofreu duras criticas.
Já O então Ministro de Informação da Costa do Marfim, Laurent Dona Fologo, tachou as criticas de racistas, pois os referidos críticos não podiam suportar ver os africanos donos de algo tão grandioso, belo e perdurável. Sendo assim para calar aos críticos que ostentava que a obra era pura grandeza de um homem e também para a certeza de que a catedral sobreviveria, Houphouet, ofereceu a Basílica de Nossa Senhora da Paz, a Catedral da Costa do Marfim, já terminada aos cuidados do Vaticano.



Era impossível rejeitar uma tão forte expressão de fé católica em um continente com tão poucos seguidores da fé romana.
Após três meses veio então a resposta positiva, mas na condição de que a manutenção continuasse por conta da Costa do Marfim, e o que em troca também, o Vaticano, prometeu que aumentaria os orçamentos da sanidade e educação do povo, e a confirmação da presença papal para a celebração de inauguração e consagração da belíssima Catedral de Nossa Senhora da Paz.
A história da Catedral da Costa do Marfim resulta tão impressionante e imprevisível como foi sua construção.
 








 




FONTE:
http://pt.mariedenazareth.com/2982.0.html?L=6
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