SANTUÁRIO NOSSA SENHORA APARECIDA, BAURU/SP
História
A história da igreja Nossa Senhora Aparecida se confunde
com a do município e de sua gente. Revela ideais, coragem, e a união de forças
de pessoas simples, trabalhadoras, de fé, que com a participação, doação e as
mãos fizeram e continuam a fazer a história da Paróquia. Os primeiros
habitantes de Bauru foram portugueses, depois italianos e espanhóis: povo
católico.
Na Bauru de então, antes mesmo de se traçar as ruas do
lugarejo que surgia, o cidadão sertanejo pioneiro Antônio Teixeira do Espírito
Santo, fez doação à Igreja de um pequeno lote de terra, de 12 braças quadradas
situadas na sua Fazenda das Flores, para que naquele local fosse construída uma
capela em louvor ao Espírito Santo. Um ano depois, já em 1885, Teixeira do
Espírito Santo, firmou documento doando outra parte de sua propriedade, e fez
questão de afirmar em favor do santo de sua devoção: São Sebastião e ao
Espírito Santo.
Logo que as ruas foram traçadas por determinação da
Câmara Municipal de Nossa Senhora da Piedade de Lenções, um documento foi
enviado ao Bispo de São Paulo, Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho,
solicitando autorização para a fundação de uma capela no lote de 20 braças
quadradas fora do patrimônio.
Na mesma época, conforme contam antigos moradores do
município e alguns documentos registram, também foi construída uma capela
dentro do patrimônio, a capela de Nossa Senhora Aparecida. Seu construtor foi
um mineiro nascido em Cachoeira em 1858, vindo a morrer em Bauru em 1929,
chamado José Lopes Souza (Zé Candinho). A capela, apesar de construída em praça
pública, não era usada como igreja porque o Bispo de São Paulo entendia que era
particular. Ao mesmo tempo a veneração a Nossa Senhora Aparecida pelos
habitantes da pequena cidade tornava-se maior a cada dia.
Coube ao primeiro Bispo de Botucatu, Dom Lúcio Antônio de
Souza, investigar e descobrir que apesar de José Lopes de Souza ter sido o
construtor da capela, ele o fez angariando recursos junto à população. Assim,
logo que foi concedida a indispensável autorização e, depois de estar provida
de ornamentos e paramentos, foi celebrada a primeira missa em 15 de maio de
1898, pelo vigário da Paróquia, Padre João Batista Teixeira Monteiro.
A pequena igreja tinha a porta principal voltada para o
centro da praça e o altar, ainda preservado no Museu Histórico Municipal,
estava voltado para a rua que recebeu o nome de Aparecida. Teve como zeladora a Sra. Vitória Vianelo, que também ministrava a catequese às crianças. “Os meninos
ficavam radiantes de alegria quando a veneranda dona Vitória os escolhia para
subir as escadas de madeira e repicar os sinos. Na saída recebiam pequenos
cartões que eram chamados de pontos. Cada cartão valia um ponto e, no fim do
ano, na distribuição de presentes, os que tinham maior número eram os primeiros
a escolher os brinquedos”, conta o historiador e professor Gabriel Ruiz
Pelegrina. Conta ainda o historiador que “quando das revoluções de 1932, no
Brasil e 1937, na Espanha, o povo se concentravam, também, na capela para rezar
com apelos para o fim das hostilidades” Nesta data, Bauru tinha apenas duas
igrejas: a Matriz do Divino Espírito Santo e a de São Benedito, na Vila Falcão.
Evangelização toma força na cidade
Foi com a chegada do Padre João Van Del Hust, Missionário
do Sagrado Coração, vindo de Pirajuí, em 1931, que a evangelização na cidade
tomou mais força. O sacerdote de espírito empreendedor ficou 15 anos no
município e foi o principal responsável pela construção de várias igrejas. Logo
que chegou escolheu uma praça e deu início às entabolações para a construção de
um grande templo em louvor a Santa Terezinha, inaugurado em 1934. Em seguida
pensou em uma outra igreja que seria em louvor a Nossa Senhora Aparecida.
Os trabalhos para angariar fundos necessários à construção
da nova igreja a Nossa Senhora Aparecida começaram e no dia 01 de dezembro de
1937 teve inicio a primeira grande quermesse. Moradores do bairro e de toda
cidade ajudaram.
As quermesses foram realizadas na praça com o apoio total
da comunidade. Todos os moradores das redondezas contribuíam com pequenas mesas
e cadeiras; os móveis eram levados no início da noite e recolhidos logo que
acabava a festa. Os moradores contribuíam também com prendas, bolos, assados,
garrafas de vinho e alguns objetos domésticos para serem sorteados.
As quermesses tinham música ao vivo. Uma banda sempre
estava presente para alegrar as festas, e só isto já era um bom motivo para as
pessoas comparecerem.
Para garantir o sucesso das quermesses o Padre João Van
Del Hust, MSC, vigário paroquial da Paróquia Divino Espírito Santo, escolheu
uma equipe de moços que trabalhava nas festas da matriz para ajudar a organizar
as quermesses da igreja Aparecida.
Em pouco tempo o templo ganhou base, surgiram os
alicerces, subiram as paredes largas porque seriam altas e para sempre, como
diziam na época.
E foi assim, com a contribuição valiosa de todos os
bauruenses que a igreja Nossa Senhora Aparecida ganhou forma e tornou-se mais
um monumento grandioso da fé no município. Sua inauguração oficial ocorreu com
muita festa no dia 31 de maio de 1942, mesmo sem estar totalmente concluída.
FONTES:
Jornal da paróquia Nossa Senhora Aparecida “O
sinal” de set/out 2002
http://www.santuarioaparecidabauru.com.br
http://www.santuarioaparecidabauru.com.br
http://www.google.com.br
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