domingo, 8 de maio de 2016

SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA




A construção do Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima (na cidade de Serra/ES) e do próprio Bairro de Fátima está intimamente ligada à história da família Rato. Henrique Mendonça Martins Rato nasceu em Portugal em 1902. Aos 26 anos, veio ao Brasil com o desejo de trabalhar e construir uma família. Trabalhou alguns anos no Rio de Janeiro e foi transferido para gerenciar as “Casas Pernambucanas”, em Vitória. Casou-se com Ana Fiorotti e teve seis filhos.

Com o fruto do trabalho, Henrique Rato comprou a Fazenda Pau Brasil, no Planalto de Carapina, em 1950. Ele resolveu lotear as terras como um bairro. Fiel devoto de Nossa Senhora de Fátima, que apareceu a três pastores no seu país de origem em 1917, Henrique Rato escolheu o nome da localidade como forma de homenagear a Mãe de Deus. Na época do loteamento, a família reservou espaço para a igreja e a escola.


O bispo de Vitória dom José Joaquim Gonçalves apoiou plenamente o projeto de fazer um santuário no local. No dia 17 de abril de 1953, dom José Joaquim benzeu solenemente a pedra fundamental do santuário com grande participação do povo e de autoridades. O artista italiano Carlo Creppes esculpiu em jacarandá maciço a bela imagem de Nossa Senhora de Fátima, que até hoje se encontra na nave principal da igreja.

Depois dos promissores inícios, as paredes foram erguidas com 3,5 metros de altura. No entanto, a comunidade passou por dificuldades para prosseguir a obra. Naquela época, o santuário era ligado à Paróquia Santa Rita, em Vitória. Depois passou para a de Goiabeiras. Henrique Rato construiu uma tenda, no lugar onde está o altar. Ali a missa e sacramentos eram celebrados por padres redentoristas.
Os encontros passaram a ser feitos em um salão, feito de madeira, no Centro Comunitário, em 1970. Ítalo Campos DalPorto, Pedro Faião, Adenis Ludgero, Santuzzi, Antônio Queiroz e José Carlos de Morais foram grandes colaboradores na construção do santuário.


Quando as atividades religiosas foram suspensas no Centro Comunitário, com muita fé, um grupo – maioria de senhoras – rezava o terço e pedia a Maria, mãe de Deus, que não deixasse morrer aquela obra. Em 1984, Henrique Rato morre. Até a última hora, ele pediu a Jesus e a santa mãe Maria que dessem continuidade à obra iniciada. Em 1985, próximo ao Natal, ladrões arrombaram o espaço da igreja e levaram as imagens e o presépio, o que sensibilizou todos os fiéis da região.

A comunidade se mobilizou na realização de eventos para o fechamento do altar. Após um sonho a uma fiel em que nossa Senhora pede para ensinar as pessoas a rezarem o terço, as senhoras passaram a visitar as casas nessa tarefa missionária. Agradecidos, muitas pessoas faziam doações para ajudar na obra.


Até uma carta foi escrita para o Papa João Paulo II pedindo oração para que o santuário fosse reconhecido pela Mitra Arquidiocesana. O pedido se estendeu à vidente de Fátima, irmã Lúcia, viva na época. Em 1991, quando João Paulo II veio ao Estado, os fiéis do santuário levaram a grande imagem da virgem de Fátima em um andor até a avenida Adalberto Simão Nader, em Vitória, local de passagem do papa móvel. Em um gesto de bondade, João Paulo II abençoou os devotos.
Em 1993, o terreno onde está o santuário tinha uma pequena meia-água coberta de eternite, no interior de um retângulo de paredes. No local, crescia mato, que era alvo de capina dos devotos. A família Simões, que morava próximo ao santuário, decidiu contribuir com esse projeto de Deus.

Em 2003, exatos 50 anos após a benção da pedra fundamental, o então arcebispo de Vitória, dom Silvestre Luiz Scandian, hoje arcebispo emérito, e um grupo de fiéis que participavam da equipe de obras da igreja trabalharam para retomar a obra. O terreno já estava escriturado e registrado em nome da Mitra. A arquiteta Raquel T. Schneider ajudou a elaborar o projeto da edificação e iniciou-se a construção, em 2004. Os recursos vieram da doação de fiéis, empresas e da realização de eventos.
A então Companhia Vale do Rio Doce fez uma doação em dinheiro para a Prefeitura da Serra, que construiu a praça em frente ao santuário. Foi inaugurada em 16 de janeiro de 2007. Já a torre, com o painel de Nossa Senhora de Fátima, foi inaugurado em 21 de outubro de 2010. Em 21 de outubro de 2012, o arcebispo da Arquidiocese de Vitória dom Luiz Mancilha Vilela elevou o santuário à categoria de Paróquia.



FONTE:
http://www.santuariodorosariodefatima.com.br/
https://www.google.com.br








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