domingo, 8 de dezembro de 2013


NOSSA SENHORA ROSA MÍSTICA

Comemoração Litúrgica: 04 de janeiro





A Rosa simboliza  há muito tempo grande mistério.  Na catacumba de São Calixto (Século III) os cristãos pintavam rosas como sinal do paraíso. São Cipriano de Cartago escreve que é o sinal do martírio.

No século V a rosa já era sinal metafórico da Virgem Maria. Edulio Caelio foi o primeiro a chamar a Maria “rosa entre espinhos”. Quatro séculos depois o monge Teófanes Graptosusa  faz a mesma comparação referindo-se à pureza de Maria e a fragrância de sua graça.  Para Tertuliano e Santo Ambrósio a raiz representa a genealogia de Davi;  o broto é Maria e a flor, rosa, é Cristo. 

A veneração da Rosa Mística remonta aos primeiros séculos do cristianismo. No hino  “Akathistos Paraclisis”  das igrejas do Oriente, é como uma espécie de Rosário cantado a invocação: “Maria, Tu, Rosa Mística,  da qual saiu Cristo como milagroso perfume.” Podemos ver também como nas Ladainhas Lauretanas (1587), em honra à Santíssima Virgem,  que trazem o título de Maria Rosa Mística.


A  partir do século V que a rosa passou a simbolizar Maria Santíssima. As gravuras e  ícones marianos orientais representam a Mãe Imaculada com o Filho nos braços e uma rosa na mão. O ocidente  deu outras expressões a essa iconografia Mariana. Sob título de "Madona da Rosa" ou "Madona das Rosas", foram executadas  diversas obras especialmente para adornar diversos Santuários no mundo.


A devoção à Nossa Senhora "das Rosas" teve início no século XV e está ligada a dois fatos extraordinários, ocorridos na região da Brescia, Itália. 

Era noite de 3 para 4 de janeiro de 1417, quando dois mercadores romanos dirigiram-se à localidade de Brescia, rumo à Bérgamo (Itália), quando acabaram se perdendo em um bosque dum vilarejo chamado Albano.  Estavam a oito quilômetros do destino, mas perdidos na selva,  quando foram duramente castigados pelo frio e pela fome,  já que o local estava coberto pela neve.  Neste momento pediram fervorosamente auxílio ao Senhor, invocando a ajuda e intercessão da Virgem Maria, fazendo o firme propósito de erguerem uma capela em sua honra, caso os libertasse daquela situação desesperadora.  Foi quando subitamente veio do céu um raio de luz rompendo a escuridão, onde um grande feixe luminoso indicou o caminho até a entrada da cidade.

Com ânimo renovado,  sentiram grande júbilo diante do maravilhoso milagre.
Ao aproximarem-se da basílica de Santa Maria Maggiore, quando ainda rezavam agradecendo a Deus,  sucedeu-lhes um segundo milagre. A Virgem Imaculada apareceu num trono de nuvens, rodeada de rosas. Tinha no colo o Menino Jesus,  que também trazia na mão um pequeno maço de rosas. Era um espetáculo do paraíso realizando-se diante dos seus olhos. 

Ao amanhecer, a notícia difundiu-se rapidamente junto ao povo e também junto à autoridade civil;   o fato prodigioso foi grande sinal de benevolência da parte do céu para a cidade de Bérgamo, aflita por muitos problemas, já que a Itália atravessava sérias contendas, inimizades e discórdias, principalmente pelo fato da Igreja encontrar-se contundida pela divisão de cismas. Isto fez com que São Bernardino de Sena suplicasse uma bênção especial à Nossa Senhora, no mesmo instante daquela noturna aparição. 

Todas as intenções de erigir um templo em reconhecimento a tantas graças recebidas por parte de Nossa Senhora, foram informadas ao novo Papa Martinho V, eleito no Concílio de Constança, em 11 de novembro de 1417.  No ano seguinte (1418), foi o próprio Papa quem autorizou a construção  do templo  mariano  no Monte Bérgamo, hoje Monte Róseo, inaugurada em maio daquele ano.  Os mercadores que haviam feito doações para a primeira obra acabaram adquirindo também um terreno no vilarejo de Albano,  local do primeiro milagre e aí construíram uma capela também dedicada a Nossa Senhora das Rosas.

A devoção de Nossa Senhora das Rosas atravessou séculos e reascendeu-se  como  por ocasião da  difusão da epidemia de cólera, em 1855.  O pároco de Albano não só exortou a população a recorrer à Nossa Senhora das Rosas, mas fez um voto de erigir no local onde estava a capela,  um Santuário em sua homenagem,  caso cessasse o contágio. O contágio cessou em 20 de setembro de 1855,  iniciando-se a construção do santuário com aclamação unânime da população local. Nossa Senhora das Rosas é celebrada no dia 04 de Janeiro, conforme  decreto pontifício firmado em 1877 pelo Papa Pio IX.

Em 1947, em Montechiari, situada a alguns quilômetros de Bréscia, norte da Itália, uma enfermeira chamada Pierina Gilli, nascida no dia 3 de agosto de 1911, encontrava-se num quarto do hospital onde trabalhava, quando teve uma visão de uma belíssima Senhora vestida com uma túnica púrpura e com um véu branco cobrindo-lhe a cabeça. Em seu peito estavam encravadas três espadas e seu celestial rosto tinha feições muito tristes. A Virgem chorava e disse em sua primeira aparição disse: "Oração, Penitência e Expiação".

Na segunda aparição a Virgem apresenta-se de branco e em lugar das três espadas traz no peito três rosas: uma branca, uma cor-de-rosa e outra dourada. A Virgem disse a Pierina que o Senhor a enviara especialmente para ajudar aos sacerdotes e às ordens religiosas.

Suas palavras foram mais ou menos assim: "Sou a Mãe de Jesus e Mãe de todos vocês". "Nosso Senhor me envia para implantar uma nova devoção mariana em todos os institutos tanto masculinos como femininos, nas comunidades religiosas e em todos os sacerdotes. Eu prometo-lhes que se venerarem desta maneira especial, gozarão particularmente de minha proteção e haverá um florescimento de vocações religiosas. Desejo também que o dia 31 de cada mês seja consagrado como dia mariano e os doze dias precedentes sirvam de preparação com orações especiais, e o dia 13 de julho de cada ano seja dedicado à "Rosa Mística".

A Virgem explicou também o significado das espadas e das três rosas:
A primeira espada: representa a escassez das vocações.
A segunda espada: representava os pecados mortais dos sacerdotes, monges e monjas.
A terceira espada era por causa dos sacerdotes e monges que cometem a mesma traição de Judas.
A Rosa branca: o espírito de oração.
A Rosa Vermelha: o espírito de expiação e sacrifício.
A Rosa dourada: o espírito de penitência.

A terceira aparição ocorreu na capela do hospital de Montechiari, durante a celebração eucarística. Maria Rosa Mística disse: "Meu Divino Filho, cansado das incessantes ofensas, quer dar curso à sua justiça e quer colocar-me como intermediária entre os homens e em particular entre as almas dos religiosos e Ele". A vidente agradece em nome de todos os presentes e ela responde: "Vivei de amor".

Na quarta aparição a Virgem suplica oração e penitência, pedido que se repete na quinta aparição.
Na sexta aparição, Maria expressa o desejo de que em Montechiari seja venerada sob a invocação de "Rosa Mística", unida à veneração de seu Coração Imaculado, especialmente nos conventos e Institutos Religiosos.

Na sétima aparição, a Virgem disse sorrindo: "Eu sou a Imaculada Conceição, sou a Mãe da Graça, Mãe de meu Divino Filho, Jesus Cristo, quero que ao meio-dia de cada 8 de dezembro seja celebrada a "hora da graça" por todo o mundo e prometo que mediante esta devoção serão alcançadas graças para a alma e para o corpo".




HORA DA GRAÇA UNIVERSAL: 08 DE DEZEMBRO ÀS 12 HORAS


Depois destes acontecimentos, Pierina passou vários anos em Bréscia como ajudante em um convento de religiosas. Em 1966 começa a segunda etapa das aparições. Em fevereiro desse ano Pierina volta a ver a Virgem e lhe anuncia que aparecerá no dia 17 de abril em Fontanelle, um bairro de Montechiari. Nesse lugar havia uma fonte numa gruta onde ocorreram várias curas físicas e espirituais.

A Virgem apareceu no dia anunciado e assim se manifestou: "Meu divino Filho Jesus é todo amor e me enviou para dar um poder milagroso de cura a este fonte... Que os enfermos e todos os meus filhos peçam perdão a meu Divino Filho, beijem com muito amor a Cruz, tirem água da fonte e bebam-na... Desejo que os enfermos e todos meus filhos venham à fonte da graça".

Nossa Senhora manifestou mais vezes. Em Fontanelle, disse, no dia 6 de agosto: "Meu divino Filho Jesus me envia novamente aqui para pedir a formação da Liga Mundial da Comunidade Reparadora, que deve ter início no próximo 13 de outubro e estender-se por todo o mundo todo a cada ano".

Essas aparições aconteceram em Montichiari e em Fontanelle, subúrbio de Montichiari, na Itália. Os bispos de Bréscia, desde 1966 até os dias de hoje, proibiram a devoção pública a Rosa Mística. No ano de 2001, o bispo atual, Mons. Giulio Sanguineti, determinou a organização da dispensa dos sacramentos e do culto mariano em Fontanelle, estabelecendo um sacerdote responsável pelo atendimento daquela comunidade. Além disso, uma nova associação de fiéis – Rosa Mistica Fontanelle – foi constituída, para a promoção e divulgação da devoção a Nossa Senhora, na localidade de Fontanelle, sob orientação do Bispo de Bréscia.
A Rosa Mística de Montichiari se tornou conhecida pelo mundo todo, de tal maneira que fora da Itália existem 4 santuários associados a essa devoção: no Brasil (em Jambeiro, SP), na Venezuela, no Líbano e na China.



ORAÇÃO A NOSSA SENHORA ROSA MÍSTICA


Rosa Mística, Virgem Imaculada, Mãe da Graça, para honra de Vosso Divino Filho, nos ajoelhamos diante de Vós, implorando a misericórdia de Deus. Não por nossos méritos, mas, pelo amor de Vosso Coração Maternal, nós vos suplicamos que nos concedais proteção e graça,
com a certeza de que nos haveis de atender.
Ave, Maria...
Rosa Mística, Mãe de Jesus, Rainha do Santo Rosário e Mãe da Igreja, corpo místico de Jesus Cristo, nós vos pedimos que concedais ao mundo, dilacerado pela discórdia, a unidade e a paz e todas aquelas graças que podem mudar o coração de tantos de teus filhos.
Ave, Maria...
Rosa Mística, Rainha dos Apóstolos, fazei florescer, à volta dos altares Eucarísticos, muitas vocações sacerdotais, religiosos e religiosas, que difundam, com a santidade de sua vida e com zelo apostólico pelas almas, o Reino de Vosso Filho Jesus por todo o mundo. E derramai sobre nós, também, a abundância de Vossas graças celestiais!
Ave, Maria...
Salve, Rainha...
Maria, Rosa Mística, Mãe da Igreja, rogai por nós!


TERÇO DE NOSSA SENHORA ROSA MÍSTICA

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6

Parte 7

Parte 8

SEMPRE TER CONFIANÇA EM NOSSA SENHORA






COLABORADORES:
Site: http://www.mariadinazareth.it/apparizione%20albano%20sant'alessandro.htm
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