Santuário Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão
A ideia do Santuário
Durante a Festa de Nossa Senhora do Carmo, eu, Dom Adélio
Tomasin, estava celebrando na Catedral. Depois da comunhão, não sei explicar
como nem o porquê, veio-me a mente a seguinte frase: “Por que tu não pensaste
em construir uma Casa para minha Mãe?” E vi o Santuário entre os monólitos, um
lugar que dominava o sertão. Contei ao povo de Deus em voz alta e clara, embora
com muita timidez, a pequena história que havia vivido, sentado na minha
cadeira e com Jesus no coração. Agora, era eu que esperava a reação do povo.
Fiquei surpreso. Todos se levantaram e reagiram àquela história com uma
estrondosa e demorada salva de palmas. Assim brotou a ideia do Santuário.
A escolha do lugar
Não me recordo se foi no mesmo dia ou no dia seguinte,
fui até a frente da Catedral e, de lá pela primeira vez, notei a beleza
selvagem do Monte Urucum. Situava-se entre a Serra Branca e a Serra Preta. Era
o mais alto morro e, além disso, parecia ter na frente uma espécie de platô,
onde provavelmente poderia ser possível construir o Santuário.
Depois de uns dias, eu quis ver o que realmente
havia lá em cima. Logo cedo, cheguei ao pé da Serra do Urucu e me meti entre a
capoeira e o mato. Não adianta descrever a “escalada”. Voltei para casa todo
arranhado e sujo, mas muito feliz. Lá em cima, não havia na realidade uma
superfície larga e plana, mas poderia ser aplainada
Por que o Santuário?
Quando refleti sobre o fato, procurei compreender
porque Deus queria uma casa para Nossa Senhora. Podia ser isto:
- Honrar a Nossa Senhora Mãe de Deus;
- Criar um foco de irradiação de devoção Mariana;
- Ajudar o nosso povo e a Igreja toda de Quixadá a
compreender o projeto que Deus quis realizar em Maria e por Maria;
- Recordar sempre que Maria faz parte não só da Igreja,
comunidade de homens, mas da Igreja mistério, porque estamos ainda longe da
compreensão de Maria neste mistério da Salvação do homem e do mundo;
- Mostrar Maria como Mãe de Deus, Mãe da Igreja, nossa mãe.
Na reflexão lembrava-me que Ela foi também a primeira missionária (em ordem de
importância) da América Latina, e havia pouco tempo que o Papa tinha indicado
Maria como a Estrela da Nova Evangelização;
- Enfim, esperava que acontecesse o que de fato aconteceu
em todos os santuários marianos: muitos homens e mulheres que vivem longe de
Deus encontram no Santuário e no abraço da Mãe o caminho da conversão
que leva a Deus e transforma suas vidas.
Primeira Pedra
Foi no dia 12 de outubro de 1993, abençoada e colocada a
primeira pedra do Santuário. Tudo foi simples, tudo foi emocionante. As nuvens,
o voo das aves, o deslumbrante pôr do sol, os monólitos ao redor formavam um
cenário inesquecível.
Mas quem participou sente ainda algo no coração,
pois os sentimentos mais profundos não eram provocados por essas coisas
bonitas, mas pela fé e o amor à Mãe de Deus. Havia um detalhe que também nos
comovia. Tinha iniciado as escavações dos alicerces sem ter praticamente
dinheiro. Quando uma jovem da minha terra, ao saber que queria construir um
Santuário a Nossa Senhora, mandou-me parte da herança recebida de seu pai e
esse dinheiro deu para fazer todos os alicerces.
Quem cuidaria do Santuário?
Quem constrói um santuário sabe que isso não serve para
nada se não há alguém que o torne uma estrutura viva. Quem seria esse alguém?
Tinha perguntado a mim mesmo uma centena ou mais de vezes, mas não achava uma
resposta. Porém, acreditava cegamente que Deus teria providenciado.
No dia 13 de maio de 1993, Pe. Gianni Sgreva, fundador e
responsável pela família de consagrados denominada “Comunidade Mariana Oásis da
Paz”, chegou a Quixadá acompanhado pela Vigária Madre Fabrícia para conhecer a
Diocese e avaliar a possibilidade de atender o meu pedido. Parecia-me tudo um
sonho, porque estas coisas não se resolvem normalmente em semanas, mas em anos.
De fato, pouco depois, veio a confirmação da vinda da
Comunidade para Quixadá. No dia 8 de janeiro de 1994, sete membros da
Comunidade Mariana Oásis da Paz se instalaram provisoriamente nos anexos do
Instituto de Teologia e Catequese da Diocese.
Hino da Imaculada Rainha do Sertão
Mãe Senhora tão bela deste sertão tão querido,
O Cristo é a estrela no teu santuário amigo.
A ti com o coração singelo nós entregamos,
A vida do nosso sertão e a Ti confiantes rezamos.
O Cristo é a estrela no teu santuário amigo.
A ti com o coração singelo nós entregamos,
A vida do nosso sertão e a Ti confiantes rezamos.
Rainha Mãe do sertão, com fé nós te consagramos a vida e
o coração e ao céu nós caminhamos.
Mãe dos pobres sofridos aos teus pés colocamos,
O pranto dos oprimidos, com tua ajuda lutamos.
Desponte um novo mundo, neste sertão neste berço,
De amor puro e fecundo, rezando juntos o terço.
O pranto dos oprimidos, com tua ajuda lutamos.
Desponte um novo mundo, neste sertão neste berço,
De amor puro e fecundo, rezando juntos o terço.
Tu amparaste teu Filho, e com José teu esposo,
Em Nazaré foste “brilho”, num mundo tão impiedoso.
Rainha dos anjos e santos, aceita sempre reinar,
Enxuga as dores e prantos, de quem só quer te amar.
Em Nazaré foste “brilho”, num mundo tão impiedoso.
Rainha dos anjos e santos, aceita sempre reinar,
Enxuga as dores e prantos, de quem só quer te amar.
FONTE:
Site de Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão
Site Google
Site Youtube
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